O Dia dos Professores é celebrado nesta segunda-feira (15) e a data serve para refletirmos sobre a valorização desses profissionais que dedicam sua vida à educação. Apesar do esforço desses educadores que buscam transmitir diariamente conhecimento aos alunos, apenas isso não é suficiente para garantir que os estudantes tenham um bom preparo em sala de aula.
A educação no Pará, por exemplo, está entre as piores do país. Relatórios realizados pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) e o Ministério Público de Contas do Pará (MPC) apontaram falhas na política de educação do Estado e a maior parte desse resultado é em decorrência das péssimas condições das unidades de ensino no Pará, que acabam ocasionando evasão escolar e baixo desempenho acadêmico.
Entre os fatores que mais implicam para esse cenário alarmante estão a falta de ventilação adequada, paredes com infiltração, falta de merenda escolar, ausência de acessibilidade para estudantes com deficiência, sanitários sem condições de uso, lixos e entulhos acumulados nas dependências das escolas, péssimas condições de segurança e a não valorização dos professores.
Leia mais:DESVALORIZAÇÃO DOS PROFESSORES
Quanto ao trabalho dos profissionais da educação, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Estado do Pará (Sintepp) tem tentado mediar essa relação entre o governo e a categoria, mas de acordo com o coordenador estadual do Sintepp, Aldo Rodrigues, o resultado não tem sido positivo.
Segundo ele, o governo não paga o piso da categoria desde 2015, com uma defasagem muito grande. Além disso, o Plano de cargo Carreira e Remuneração (PCCR) unificado também não está sendo repassado para os profissionais. Outro fator que tem causado preocupação é a progressão vertical, em que os salários aumentam conforme os profissionais vão se graduando.
“O Sintepp tem tentado dialogar com o governo há anos e a verdade é que o governo desdém da nossa categoria. Nós temos realizado diversas greves em função da qualidade na educação pública, segurança nas escolas, das condições de trabalho, entre outras coisas. Nós só queremos ter condições de trabalho para que os alunos tenham a melhor educação, mas a verdade é que a educação não é prioridade, infelizmente”.
VIOLÊNCIA
O aumento de escolas que têm sido vítimas da violência tem assustado alunos e professores. Com a falta de segurança, as dependências escolares se tornam alvos da marginalidade, como é o caso da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Abelardo Leão Condurú, em Mosqueiro, onde há cerca de três meses, dois homens armados entraram na instituição e levaram pertences de alunos e professores.
(DOL)