Correio de Carajás

Dia do Contador de Histórias: Contos e causos no Cine Marrocos

Para comemorar o Dia do Contador de Histórias, celebrado na última terça-feira (20), o grupo Historiar-Te preparou um espetáculo lúdico para o público marabaense. Com o uso de instrumentos musicais, fantoches e fantasias, o coletivo cultural vai levar apresentação e interpretação de contos, lendas e músicas ao Cine Marrocos. O evento acontece nesta quinta-feira (22), a partir das 15 horas, e tem entrada gratuita.

“A gente vai ter uma sessão de contação de histórias, cantigas de roda, trava língua e vai ser bem interessante. Então, convidamos o público, os pais para levarem os filhos, porque vamos ter lá turmas de alunos das escolas públicas daquele entorno”, detalha Gabriela Silva, participante do grupo.

Segundo ela, o Historiar-Te surgiu a partir de um projeto de extensão sobre leitura e mediação de leitura, da professora doutora Eliane Soares, do Instituto de Letras, Linguística e Artes/faculdade de Estudos da Linguagem, da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa).

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#ANUNCIO

“Ela fez um projeto sobre o processo de leitura dentro das escolas, como funciona, como se faz, baseado em vários teóricos”, explicou, afirmando que a ideia inicial seria apenas estudar e pensar os autores que trabalham a perspectiva de levar a leitura de maneira lúdica e pedagógica ao público, resgatando a questão da oralidade.

No entanto, a iniciativa foi ganhando forma e ultrapassou as fronteiras acadêmicas, chegando até às escolas e espaços públicos, o que é confirmado pedagoga Cíntia Rabelo, também participante do grupo. Gabriela lembra que nem sempre é fácil conciliar os horários e levar a contação até à comunidade. “Todos nós somos voluntários, trabalhamos com outras coisas, mas vamos principalmente para escolas públicas e temos convites para universidades, para o Sesc e já fomos até para outros município. O problema é que não conseguimos ter uma agenda tão regular, devido, muitas vezes, a incompatibilidade de horários”, esclarece.

Hoje, o projeto conta com 10 pessoas, fora os parceiros da comunidade, como o Zequinha, mestre da cultura popular de Marabá, reconhecido pelo Ministério da Cultura e Educação. “Vale destacar que o grupo ganhou um prêmio em 2016, da Pró-Reitoria de Extensão da Unifesspa. Foi uma premiação na área da oralidade e cultura amazônica, desenvolvido durante dois anos”, revelou a contadora de histórias.

Contação de histórias

O Historiar-Te é um grupo eclético, formado por pessoas de diferentes áreas de atuação, como bem lembra Gabriela. “A contação de histórias é milenar e independente de formação. Aliás, tem gente que não tem formação nenhuma. Ele não é propriamente da Letras, Pedagogia ou História. Não está ligada à teoria”, declara.

Porém, esse perfil é o que diferencia e fortalece o trabalho dos contadores no município de Marabá, segundo ressalta Patrícia Luz Holanda, arte educadora da rede municipal, professora do projeto “Marabá Leitora” e contadora de histórias.

“É um grupo que tem diversidade, mas que também tem afinidade dentro do campo da contação de história. Cada um, utilizando a sua própria digital ou personalidade, para expandir o processo de leitura e contação, valorizando o âmbito da própria oralidade”. Essa explicação é corroborada pela mestranda e contadora Cláudia Borges, que estuda o perfil do contador de história contemporâneo.

“Ele [o contador de histórias] é aquele que não usa só a oralidade, mas busca autores renomados, está sempre estudando e investe no seu figurino, instrumentos musicais, faz parceria com pessoas da comunidade, vai em busca daquela história do pescador, sempre está mudando o seu repertório, forma de agir, pensar e falar com o público”, afirma.

O projeto Historiar-Te tem o apoio da Secretaria de Cultura de Marabá e também da coordenação da Biblioteca Municipal Orlando Lobo, representada pela Evilangela Lima, que elogia o trabalho dos contadores.

“Marabá tem um grupo bem formado que estuda e prepara os contadores de história. A valorização das narrativas é essencial e acredito que o Historiar-Te tem o compromisso de valorizar e ser guardião da memória”.

(Nathália Viegas)

Para comemorar o Dia do Contador de Histórias, celebrado na última terça-feira (20), o grupo Historiar-Te preparou um espetáculo lúdico para o público marabaense. Com o uso de instrumentos musicais, fantoches e fantasias, o coletivo cultural vai levar apresentação e interpretação de contos, lendas e músicas ao Cine Marrocos. O evento acontece nesta quinta-feira (22), a partir das 15 horas, e tem entrada gratuita.

“A gente vai ter uma sessão de contação de histórias, cantigas de roda, trava língua e vai ser bem interessante. Então, convidamos o público, os pais para levarem os filhos, porque vamos ter lá turmas de alunos das escolas públicas daquele entorno”, detalha Gabriela Silva, participante do grupo.

Segundo ela, o Historiar-Te surgiu a partir de um projeto de extensão sobre leitura e mediação de leitura, da professora doutora Eliane Soares, do Instituto de Letras, Linguística e Artes/faculdade de Estudos da Linguagem, da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa).

#ANUNCIO

“Ela fez um projeto sobre o processo de leitura dentro das escolas, como funciona, como se faz, baseado em vários teóricos”, explicou, afirmando que a ideia inicial seria apenas estudar e pensar os autores que trabalham a perspectiva de levar a leitura de maneira lúdica e pedagógica ao público, resgatando a questão da oralidade.

No entanto, a iniciativa foi ganhando forma e ultrapassou as fronteiras acadêmicas, chegando até às escolas e espaços públicos, o que é confirmado pedagoga Cíntia Rabelo, também participante do grupo. Gabriela lembra que nem sempre é fácil conciliar os horários e levar a contação até à comunidade. “Todos nós somos voluntários, trabalhamos com outras coisas, mas vamos principalmente para escolas públicas e temos convites para universidades, para o Sesc e já fomos até para outros município. O problema é que não conseguimos ter uma agenda tão regular, devido, muitas vezes, a incompatibilidade de horários”, esclarece.

Hoje, o projeto conta com 10 pessoas, fora os parceiros da comunidade, como o Zequinha, mestre da cultura popular de Marabá, reconhecido pelo Ministério da Cultura e Educação. “Vale destacar que o grupo ganhou um prêmio em 2016, da Pró-Reitoria de Extensão da Unifesspa. Foi uma premiação na área da oralidade e cultura amazônica, desenvolvido durante dois anos”, revelou a contadora de histórias.

Contação de histórias

O Historiar-Te é um grupo eclético, formado por pessoas de diferentes áreas de atuação, como bem lembra Gabriela. “A contação de histórias é milenar e independente de formação. Aliás, tem gente que não tem formação nenhuma. Ele não é propriamente da Letras, Pedagogia ou História. Não está ligada à teoria”, declara.

Porém, esse perfil é o que diferencia e fortalece o trabalho dos contadores no município de Marabá, segundo ressalta Patrícia Luz Holanda, arte educadora da rede municipal, professora do projeto “Marabá Leitora” e contadora de histórias.

“É um grupo que tem diversidade, mas que também tem afinidade dentro do campo da contação de história. Cada um, utilizando a sua própria digital ou personalidade, para expandir o processo de leitura e contação, valorizando o âmbito da própria oralidade”. Essa explicação é corroborada pela mestranda e contadora Cláudia Borges, que estuda o perfil do contador de história contemporâneo.

“Ele [o contador de histórias] é aquele que não usa só a oralidade, mas busca autores renomados, está sempre estudando e investe no seu figurino, instrumentos musicais, faz parceria com pessoas da comunidade, vai em busca daquela história do pescador, sempre está mudando o seu repertório, forma de agir, pensar e falar com o público”, afirma.

O projeto Historiar-Te tem o apoio da Secretaria de Cultura de Marabá e também da coordenação da Biblioteca Municipal Orlando Lobo, representada pela Evilangela Lima, que elogia o trabalho dos contadores.

“Marabá tem um grupo bem formado que estuda e prepara os contadores de história. A valorização das narrativas é essencial e acredito que o Historiar-Te tem o compromisso de valorizar e ser guardião da memória”.

(Nathália Viegas)