Muitas vezes taxados apenas como zeladores das obrigações fiscais, os profissionais da contabilidade nem sempre recebem o reconhecimento que merecem. Responsáveis por lidar com tributos e outras questões ligadas à rotina contábil de empresas de todos os ramos e tamanhos, são esses profissionais que dão aos empresários suporte e conhecimento para que construam negócios sólidos e duradouros.
Proprietário do Escritório Contábil Modelo, o Contador Ivanildo Mendes atua há mais de três décadas no ramo comercial. E ainda não pensa em aposentadoria, embora se planeje muito bem para quando ela chegar. Desde bem novo, ele já demonstrava habilidade com as contas e “para trabalhar com papel”, como cita.
Nascido e criado em Marabá, Ivanildo teve que deixar a cidade quando ainda era jovem para estudar em outro estado. “Fui para Goiânia, estudei, formei lá e adquiri experiência. Retornei para Marabá, minha cidade, e fui trabalhar em uma concessionária. Algum tempo depois, montei o meu escritório. É uma profissão que nos orgulha. Apesar de não ser muito bem reconhecida, pelo trabalho que a gente desempenha e a responsabilidade que assumimos”.
Leia mais:Lembrando-se do grande número de impostos existentes no Brasil, que figura em 14º lugar dentre os 30 países com maiores cargas tributárias do mundo, ele destaca que os profissionais de contabilidade são responsáveis por orientar e informar bem o empresário sobre as mudanças e funcionamento dos tributos e demais obrigações sociais que incidem sobre as empresas.
“Digo que a figura do contador está mais para consultor, porque hoje o empresário trabalha com custo-benefício para poder sobreviver em um país com tantos impostos. Então, a partir daí a gente passou a desenvolver um trabalho junto aos clientes para maneirar essa carga tributária pesada”.
Para tanto, ele destaca que o contador precisa estar, já que as leis estão em constante mudança. “O profissional de contabilidade é hoje uma peça essencial e também um grande colaborador para o progresso do país, por que se você for analisar lá nos primórdios já se precisava contabilidade”, ressalta, acrescentando que muitas empresas menores não passam dos três anos de existência por não terem planejamento e não saber lidar com orçamentos.
MUDANÇAS TRABALHISTAS
A lei № 13.467 de 2017 que alterou a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) é vista com bons olhos por Ivanildo. Segundo ele, as mudanças fizeram bem tanto para o empregador quanto para o funcionário. “Porque estamos em um país, em que a recessão está muito grande. O desemprego está chegando à casa dos 14 milhões”.
Para o profissional da contabilidade, até a Justiça do Trabalho teve uma mudança de postura com a nova legislação. “Está escrito lá Justiça do Trabalho, mas na verdade era justiça do trabalhador, porque em 90% dos casos os empresários perdiam a ação”.
(Nathália Viegas)