Na manhã desta sexta-feira (12), foi realizada uma ação educativa em vários pontos da cidade promovida pelos servidores da Secretaria Municipal de Educação (Semed), convidando a população para participar das programações que serão realizadas nas escolas, neste sábado (13). É o dia D da Família e o pedido de paz nas escolas.
Neste ano, a programação traz o tema “Paz nas Escolas”, em resposta aos recentes ataques registrados em escolas de todo país. Nesse dia, uma programação especial acontecerá em todas as escolas públicas municipais e estaduais de todo país.
“Nossas escolas abrem às 7h30 da manhã, são 200 escolas em Marabá e 57 mil estudantes e todos os familiares estão convidados a irem para a escola de seus filhos, pois tem escola que vai fazer pela manhã, outras à tarde, outras a noite, atendendo o interesse e a necessidade da sua comunidade escolar e não podemos deixar de participar deste dia tão importante para a educação em Marabá”, convidou Fábio Rogério, diretor Geral de Ensino.
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A Escola Fundamental de Ensino Fundamental Judith Gomes Leitão, na Marabá Pioneira vai realizar um evento especial em alusão ao “Dia D”. O intuito da ação é aproximar a família e a comunidade do ambiente escolar.
Na programação, a concentração está prevista para acontecer às 7 horas, em frente à escola. A caminhada deve começar às 7h30 e irá percorrer as ruas próximas à instituição de ensino. A chegada será na Praça São Félix de Valois, onde os alunos farão apresentações culturais e artísticas e o evento encerrará às 9h30 com um lanche coletivo.
Ana Alice Ferreira, gestora da instituição, explica que, atualmente, o Judith Gomes Leitão passa por reforma, fator que impossibilita a realização da atividade dentro da instituição e por isso a escolha pela caminhada.
“O nosso subtema é ‘Família e escola juntas propagando a Paz’, então a nossa caminhada tem essa temática, de estarmos juntos propagando essa paz que nós queremos dentro da escola, porque na verdade ela é um recorte da sociedade”, argumenta Ana Alice.
A gestora vê o “Dia D” como uma oportunidade de aprofundar os diálogos e relacionamentos existentes entre os dois lados da moeda. “É para trazer essa possibilidade da dialética, da gente conversar sobre a situação de violência, orientar alguns pais e avós sobre o uso do celular”.
A diretora detalha que o uso da tecnologia, por parte dos alunos, precisa ser acompanhado de perto por um adulto, destacando que caso a ferramenta digital não seja usada com responsabilidade e supervisão, pode resultar em sérias consequências.
VIOLÊNCIA NA ESCOLA
Os recentes casos de ataques às escolas causaram – e ainda causam – temor entre alunos, pais e profissionais das instituições de ensino. O clima de medo e receio também se espalhou pelos corredores do Judith. “Houve um temor muito grande, tanto por parte dos pais, quanto dos alunos. A propagação de fake news fez com que os estudantes tivessem receio de vir para a escola, e os pais muito mais”.
Com um corpo estudantil formado por quase 900 alunos em três turnos, o trabalho realizado pelo Judith para conscientizar sobre a violência é baseado na parceria tanto com os pais e responsáveis, quanto com a Polícia Militar, destaca a gestora. Apesar disso, ela explica que encontra certa dificuldade de diálogo com alunos criados pelos avós. “Esse diálogo não é tão fácil porque eles (avós) já não têm à disposição física para cuidar dessas crianças”, avalia.
Como uma maneira de reduzir essas dificuldades, Ana Alice reflete que além da própria escola trabalhar a temática da violência com os alunos e seus responsáveis, outras instituições públicas e sociais também precisam realizar essa ação. “Que não seja só a escola a fazer essa discussão. Que seja a igreja, o Ministério Público, ações do Detran, o programa ‘Saúde na Escola’. A nossa avaliação dessa temática que é relevante para a sociedade, justamente para convidar os outros parceiros a realmente se envolverem”, finaliza. (Luciana Araújo)