📅 Publicado em 05/08/2025 11h09
O novo trajeto temporário para acesso à ponte rodoferroviária sobre o Rio Tocantins, no núcleo São Félix, em Marabá, já está em vigor desde domingo (3). O desvio, que deve durar quase um ano, faz parte das obras de construção dos acessos às duas novas pontes — uma ferroviária e outra rodoviária —, projeto bilionário de investimento da Vale.
Moradores, motociclistas, ciclistas e motoristas agora devem seguir por um aterro recém-consolidado, na lateral direita da via principal, que já conta com sinalização adequada. Do lado da Nova Marabá, o acesso permanece inalterado, com as mudanças concentradas apenas na margem do São Félix. A expectativa é que o novo percurso não cause grandes impactos no tempo de deslocamento, mas a população ainda está em fase de adaptação.
Nas proximidades da nova alça, placas chamam a atenção dos condutores para a mudança e indicam qual caminho deve ser seguido. O acesso antigo passará por obras de criação de uma passagem tipo túnel, que vai carrear o tráfego de saída da futura nova ponte.
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Obras avançam
O projeto de novas pontes, iniciado em 2022, já apresenta avanços significativos: dezessete módulos estruturais foram instalados nos pilares das novas pontes no lado do São Félix, enquanto cinco segmentos da ponte rodoviária já estão posicionados na Nova Marabá. A previsão é que as obras se estendam até junho de 2026, com conclusão total do complexo em 2027.
Quando prontas, as novas pontes — cada uma com 2,3 km de extensão — vão separar definitivamente o tráfego de veículos e trens da Estrada de Ferro Carajás (EFC), eliminando os gargalos logísticos históricos da região. Além disso, uma passagem subterrânea em construção no São Félix facilitará o acesso direto à futura ponte rodoviária, melhorando a fluidez do trânsito.
Impactos
A obra gera cerca de 2.500 empregos diretos, a maioria ocupada por trabalhadores locais. Quando concluída, a nova infraestrutura deve impulsionar o transporte de commodities como minério de ferro, soja e milho, beneficiando não apenas Marabá, mas toda a região.
Enquanto isso, os quase dois anos de desvio servirão como um teste para a capacidade da população de conviver com grandes intervenções urbanas. A Vale reforça que o trajeto alternativo foi projetado para garantir segurança e eficiência, mas a fase inicial ainda exige paciência dos usuários.
Acompanhe as atualizações sobre as obras e eventuais ajustes no trânsito pelo Correio de Carajás.