Apenas seis dias após o Correio de Carajás reportar problema o drama dos alunos da Escola Estadual de Ensino Médio e Integral Dr. Gaspar Vianna, sem aula há mais de um mês, desde que a unidade foi interditada após parte do telhado desabar, um incêndio atingiu a cozinha da instituição de ensino na manhã de hoje, quarta-feira (27), piorando ainda mais a situação.
O Corpo de Bombeiros foi acionado por volta das 6h20. De acordo com o subtenente Pontes, que atuou na ocorrência, cinco minutos depois a equipe de combate a incêndio chegou ao local.
Leia mais:“Chegando lá, algumas pessoas da escola já tinham conseguido abrir um pouco a porta de ferro e entrar. Fizemos o arrombamento do restante, entramos, fizemos a extinção do que estava queimando, fizemos o rescaldo e a inspeção para verificar se não havia danificado mais nada”.
O bombeiro destaca que ao solicitar a documentação de vistoria do Corpo de Bombeiros à direção da escola, esta informação que não havia. “Pedimos para isolar o local, foi solicitada a perícia e depois faremos a investigação para saber o que provocou o incêndio”, destacou.
Segundo o subtente, havia merenda estocada em um freezer onde provavelmente o fogo começou. “Lá tinha até merenda guardada, em um freezer, que provavelmente foi onde deu curto. Infelizmente o vigia não tinha a chave do local, o que poderia ter salvado alguma coisa. Foram queimados objetos da escola”, completou.
Desde a queda do telhado, no dia 19 de maio, nenhuma das classes foi remanejada para outro espaço e nem tem data definida de quando a instituição será reformada. Na última semana, o pai de um dos alunos procurou a Redação para reclamar sobre o descaso do governo estadual, afirmando que ao procurar a 4ª URE ninguém informa de nada.
Na ocasião, o diretor da escola, Fernando Ferreira Santiago, informou que 11 imóveis foram visitados para abrigar os alunos e que o mais adequado é o do Instituto de Educação Profissionalizante e Politécnico do Pará, na Folha 30, mas há grande burocracia no desenrolar do processo.
Declarou, ainda, que vai enviar ofícios ao Exército Brasileiro e à Prefeitura de Marabá, solicitando apoio para transportar os móveis do colégio para o prédio onde funcionará provisoriamente, acrescentando que deve ser feito um calendário especial para reposição de aulas. Por fim, de acordo com previsão da Secretaria de Educação do Estado do Pará (Seduc), a reforma da escola deve começar em meados de julho.
Com cerca de 700 estudantes matriculados, 34 professores e 54 funcionários, a escola Gaspar Viana já soma 33 anos de existência. Porém, apenas duas reformas foram realizadas no prédio nessas mais de três décadas. (Luciana Marschall – com informações de Josseli Carvalho)