Atualmente em Teresina, capital do Piauí, a parauapebense Maria Arlete da Silva, de 47 anos, luta contra um câncer no cólon após passar cinco meses sendo desenganada pelo Sistema Único de Saúde (SUS) na cidade onde vive. Após o diagnóstico fora do Pará, os familiares tentam juntar R$ 28 mil para que ela seja submetida a uma cirurgia com a intenção de remover o tumor, dando, assim, uma chance de recuperação à mulher.
Conforme a filha dela, Daiane Ferreira, cinco meses atrás a mãe começou a sentir dores na região abdominal e procurou os serviços de saúde públicos de Parauapebas. “Começou com dores na barriga que foram aumentando, ficando mais fortes, mais constantes. Procuramos UPA Unidade de Pronto-Atendimento (UPA), emergência, depois clínico geral… foram solicitados exames, ela fez os exames e foi indicado acúmulo de fezes. Pediram mais exames e foi acusado que era ameba, aí tivemos que procurar outra cidade para fazer mais exames, foi quando descobrimos”, conta. Além das dores, Maria Arlete tinha prisão de ventre e chegou a ficar 23 dias sem evacuar.
A mulher é funcionária de uma empresa que presta serviços para a Prefeitura de Parauapebas e o que ganha não é o bastante para pagar a intervenção cirúrgica. A filha, então, montou uma vaquinha online e passou a pedir ajuda também via redes sociais. “Conseguimos alguma coisa, mas ainda estamos longe de ter o valor”. Até a tarde desta segunda-feira (22), a família havia arrecadado apenas R$ 591,00 com a vaquinha.
Leia mais:Leia Silva, amiga de Maria Arlete, questiona o atendimento em Parauapebas, observando que o tempo decorrido neste caso pode ter sido crucial para a paciente. “A dúvida, como moradora de Parauapebas e como usuária, é saber o que tá acontecendo com o atendimento do SUS e do hospital de Parauapebas, com a saúde de Parauapebas, por que não conseguiram identificar nada? Há cinco meses ela procura tratamento e do nada aparece com câncer?”
De acordo com Leia, a busca por fazer cirurgia na rede privada se dá porque em Teresina a fila de espera é de três meses. “Infelizmente esses três meses são muito tempo pra quem está sofrendo de câncer”, comenta. Ajudas podem ser realizadas pelo link da vaquinha, http://vaka.me/2689520 , ou pela chave pix: 94981330402.
O Correio de Carajás procurou a assessoria de comunicação da Prefeitura de Parauapebas nesta terça-feira (22), questionando por que a mulher não foi diagnosticada quando procurou tratamento e se há possibilidade de realização da cirurgia na cidade, via SUS. Não houve resposta até a manhã desta quarta (23). (Luciana Marschall – com informações de Kevin Willian)