A prisão do foragido Paulo César Santos da Silva, acusado de envolvimento no assassinato do jovem barbeiro Peterson Evangelista Carneiro, é o começo de uma resposta para o crime que chocou Marabá. A captura do acusado foi resultado de uma operação que culminou na rendição voluntária dele. Mas os outros três acusados de espancar o jovem até a morte ainda estão foragidos. O crime foi motivado por uma briga de trânsito na Folha 5, Nova Marabá.
Durante a coletiva de imprensa na manhã desta quarta-feira (28), o delegado Leandro Pontes, do Departamento de Homicídios, detalhou a investigação que levou à prisão. “No dia 26 de novembro de 2023, Marabá amanheceu com a notícia da morte do jovem Peterson, de apenas 19 anos, após uma briga de trânsito em frente a uma casa de shows. As imagens do espancamento foram perturbadoras e mobilizaram nossa equipe desde daquele momento.”
Inicialmente, a investigação contou apenas com uma imagem do crime e a placa do carro dos suspeitos, que foi danificado por populares no local. Com trabalho intensivo de inteligência e apoio de diversas delegacias, a Polícia Civil conseguiu identificar os quatro envolvidos: Cledson Ferreira Bezerra, Valdivino Gomes da Silva e Nildo Garcia Sousa, além de Paulo César, preso na terça-feira (27). “Pedi imediatamente a prisão preventiva dos quatro, dada a ameaça que representam à ordem pública e a fuga deles após o crime”, afirma o delegado.
Leia mais:Após 9 meses, a polícia conseguiu localizar Paulo César, que, ao perceber que sua prisão era iminente, decidiu se entregar por intermédio de seu advogado. Ele já foi encaminhado ao sistema penitenciário em Marabá, onde aguardará julgamento.
“Essa prisão é o início de uma resposta a esse crime cruel, mas ainda precisamos capturar os outros três envolvidos. Contamos com o apoio da sociedade para que isso aconteça”, observa o delegado.
O crime, que começou como uma banal discussão de trânsito, teve um desfecho trágico. Peterson Evangelista, um jovem barbeiro sem antecedentes criminais, foi brutalmente espancado até a morte. A violência do ato, registrada em vídeo, causou grande comoção em Marabá e devastou a família da vítima, que continua a buscar justiça.
Por fim, o delegado Leandro destaca a importância do sigilo nas investigações, explicando que, apesar da demora aparente, o trabalho da polícia é contínuo e meticuloso. “O sigilo é primordial, e o resultado que vemos hoje é fruto de meses de trabalho. A prisão de Paulo César é uma demonstração clara disso”, concluiu.
A Polícia Civil continua a buscar informações que possam levar à captura dos demais acusados. Qualquer denúncia pode ser feita de forma anônima através do Disque Denúncia pelo número (94) 3312-3350. Vale ressaltar que o anonimato é garantido.
(Thays Araujo e Chagas Filho)