Na manhã de ontem (8), dois homens chegaram algemados à 21ª Seccional Urbana de Polícia Civil, escoltados por policiais lotados na Delegacia de Combate aos Crimes Contra o Meio Ambiente (DEMA), de Belém. Nem mesmo os policiais civis de Marabá sabiam do que se tratavam as prisões. Mistério.
Os policiais da DEMA – algo em torno de oito ou 10 – estavam em pelo menos três viaturas, sendo uma descaracterizada, e contavam com apoio de homens de servidores de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (SEMAS).
Além da prisão dos dois homens não identificados para a Imprensa, os policiais também apreenderam uma picape que estava com vários galões na carroceria.
Leia mais:A delegada que estava à frente da operação – cuja reportagem não conseguiu identificar – foi procurada pelas equipes de reportagem de diversos órgãos da mídia local que cobriam o noticiário policial naquela manhã, mas ela disse que nenhuma informação poderia ser repassada à Imprensa naquele momento.
Os repórteres procuraram então o delegado Vinícius Cardoso, diretor da Seccional, mas ele explicou que não tinha informações sobre o caso e que apenas cedeu uma das salas da delegacia para que os colegas fizessem seu procedimento.
De outra parte, o jornal CORREIO manteve contato com a Assessoria de Comunicação da Polícia Civil em Belém e recebeu a seguinte respostas, às 18h50 de ontem: “Diretor da DEMA disse que desconhece qualquer ação da DEMA em Marabá hoje (ontem)”.
Durante o dia, circulou à boca pequena que as prisões poderiam estar ligadas a um comércio ilegal de manganês na região, que estaria sendo fomentado por um grupo paquistanês que está atuando na região. Mas a reportagem apurou que esse caso vinha sendo investigado pela Polícia Federal e não pela Civil. (Chagas Filho)