Correio de Carajás

Delegacia de Conflitos Agrários conduz 12 sem-terra para esclarecimentos

Doze pessoas foram conduzidas à Delegacia Especializada em Conflitos Agrários (Deca), em Marabá, nesta quinta-feira (3), em decorrência de ocupação na Fazenda Mutamba, a 20 quilômetros do centro urbano da cidade. No último mês, um grupo de pessoas tomou a sede da propriedade e causou diversos prejuízos. Os nove homens e duas mulheres encaminhados pela Polícia Civil estavam em uma área de acampamento na fazenda, junto de outras 300 pessoas.

De acordo com o titular da Deca, delegado Alexandre Nascimento, os doze estão sendo ouvidos neste momento e contra eles deverá ser confeccionado um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) por desobediência, uma vez que foi revigorada o cumprimento da reintegração de posse da área, a favor do proprietário, em maio deste ano. Ela já havia sido cumprida em outubro do ano passado.

No mês passado, o pecuarista Mauro Mutran afirmou que o rastro de prejuízo deixado pelas pessoas que invadiram a fazenda no último dia 23 de julho passa de R$ 1 milhão. Ele acrescentou que cerca de 60 incendiários colocaram fogo em casas, dois tratores, um caminhão basculante, entre outros bens da propriedade. Um vigilante foi baleado.

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Procurados na tarde de hoje pelo Correio de Carajás, os 12 não quiseram gravar entrevista, mas negaram terem participado da ocupação da sede no último mês, afirmando serem integrantes da Frente Nacional de Luta (FNL).  Em decorrência da invasão, o Sindicato dos Produtores Rurais de Marabá (SPRM) emitiu nota sobre o ocorrido na Fazenda Mutamba.

A entidade atribuiu o ataque a integrantes de movimentos sociais denominados “sem-terra” e afirmou que “ocorrências dessa ordem causam enorme desequilíbrio em nossa sociedade, pois seus efeitos vão muito além da ofensa praticada diretamente contra o produtor rural”. Nenhum movimento assumiu a autoria do ataque.

Diante da situação, a coordenação estadual do MST no Pará chegou a emitir nota nega que seus filiados tenham destruído a sede da Fazenda Mutamba, alegando ter um método claro de fazer a luta pela terra e pela reforma agrária e afirmando que a organização do movimento passa pela ocupação e pelo diálogo com os governos para fazer valer a política de reforma agrária popular.

O advogado Adebral Favacho acompanha o depoimento dos clientes e se comprometeu a conceder entrevista após o procedimento ser finalizado. (Luciana Marschall com informações de Chagas Filho)

 

Doze pessoas foram conduzidas à Delegacia Especializada em Conflitos Agrários (Deca), em Marabá, nesta quinta-feira (3), em decorrência de ocupação na Fazenda Mutamba, a 20 quilômetros do centro urbano da cidade. No último mês, um grupo de pessoas tomou a sede da propriedade e causou diversos prejuízos. Os nove homens e duas mulheres encaminhados pela Polícia Civil estavam em uma área de acampamento na fazenda, junto de outras 300 pessoas.

De acordo com o titular da Deca, delegado Alexandre Nascimento, os doze estão sendo ouvidos neste momento e contra eles deverá ser confeccionado um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) por desobediência, uma vez que foi revigorada o cumprimento da reintegração de posse da área, a favor do proprietário, em maio deste ano. Ela já havia sido cumprida em outubro do ano passado.

No mês passado, o pecuarista Mauro Mutran afirmou que o rastro de prejuízo deixado pelas pessoas que invadiram a fazenda no último dia 23 de julho passa de R$ 1 milhão. Ele acrescentou que cerca de 60 incendiários colocaram fogo em casas, dois tratores, um caminhão basculante, entre outros bens da propriedade. Um vigilante foi baleado.

Procurados na tarde de hoje pelo Correio de Carajás, os 12 não quiseram gravar entrevista, mas negaram terem participado da ocupação da sede no último mês, afirmando serem integrantes da Frente Nacional de Luta (FNL).  Em decorrência da invasão, o Sindicato dos Produtores Rurais de Marabá (SPRM) emitiu nota sobre o ocorrido na Fazenda Mutamba.

A entidade atribuiu o ataque a integrantes de movimentos sociais denominados “sem-terra” e afirmou que “ocorrências dessa ordem causam enorme desequilíbrio em nossa sociedade, pois seus efeitos vão muito além da ofensa praticada diretamente contra o produtor rural”. Nenhum movimento assumiu a autoria do ataque.

Diante da situação, a coordenação estadual do MST no Pará chegou a emitir nota nega que seus filiados tenham destruído a sede da Fazenda Mutamba, alegando ter um método claro de fazer a luta pela terra e pela reforma agrária e afirmando que a organização do movimento passa pela ocupação e pelo diálogo com os governos para fazer valer a política de reforma agrária popular.

O advogado Adebral Favacho acompanha o depoimento dos clientes e se comprometeu a conceder entrevista após o procedimento ser finalizado. (Luciana Marschall com informações de Chagas Filho)