📅 Publicado em 16/11/2025 15h11✏️ Atualizado em 16/11/2025 15h13
O julgamento de Willian Araújo Sousa, conhecido como Will Sousa, acusado de matar a tatuadora Flávia Alves, será realizado amanhã, segunda-feira (17), em Marabá, e ocorrerá a portas fechadas, conforme informado pelo Correio de Carajás, em decorrência de decisão da própria juíza Alessandra Rocha, que comandou o primeiro tribunal do júri em agosto deste ano. Na primeira notícia, a informação recebida pelo portal era de que a decisão fora tomada pelo Tribunal de Justiça do Pará, o que foi corrigido pela advogada neste sábado (15).
A medida restringe o acesso ao plenário a familiares, advogados, promotores, juíza e representantes de prerrogativas, proibindo público e imprensa. A magistrada, porém, teria dito em sua decisão, segundo a advogada, que nem mesmo advogados poderão produzir imagens do salão do júri, mas que vai disponibilizar as gravações do julgamento 24 horas após ele terminar.
A decisão veio após o Tribunal de Justiça negar a liminar de desaforamento solicitada pela defesa, que alegava forte repercussão midiática e risco à imparcialidade do julgamento. O mérito do pedido ainda não foi analisado. O primeiro júri, marcado para agosto, chegou a ser iniciado, mas foi cancelado após a advogada Cristina Longo deixar o plenário durante discussões com a juíza e o Ministério Público.
Em nota enviada ao Correio de Carajás no sábado, a advogada Cristina Longo afirmou estar satisfeita com a nova decisão. Segundo ela, o júri fechado garante “mais calma, tranquilidade e imparcialidade”, permitindo que os fatos sejam expostos “sem a pressão da opinião pública”.
A defesa argumenta que a repercussão negativa nas redes sociais prejudicou a imagem do acusado e espera que, com o ambiente restrito, o julgamento transcorra de forma equilibrada e ela consiga demonstrar que seu cliente não teria cometido crime de feminicídio, exatamente.
Relembre o caso
Flávia Alves desapareceu em 15 de abril de 2024, após ser vista entrando no carro de Will Sousa, colega de profissão. A Polícia Civil iniciou investigações e, em 25 de abril, prendeu o tatuador e sua esposa durante a Operação Anástasis. No mesmo dia, o corpo da jovem foi encontrado em uma cova rasa na zona rural entre Jacundá e Nova Ipixuna. O laudo do IML apontou morte por estrangulamento, e perícias indicaram que o crime ocorreu dentro do veículo de Will. Ele foi denunciado por homicídio qualificado, feminicídio, ocultação de cadáver e fraude processual.
