Leandro,
quando a ideia da pauta foi levantada, eu não pensei em outro professor que não fosse você. Não que eu não tenha tido outros mestres e mestras importantes, pelo contrário. Mas é que nenhum deles acreditou em mim da forma como você sempre fez. E, sim, eu sei que nós devemos ser nossos maiores entusiastas, mas você me conheceu em um momento conturbado emocionalmente falando e, se não tivesse demonstrado tanta fé na pessoa que eu era e me tornei, talvez eu nem estivesse aqui, escrevendo esta carta para o jornal.
Ainda lembro como se fosse ontem de como você entrava na sala, pedia que abríssemos os cadernos e copiássemos o pequeno resumo da aula que estava prestes a ministrar naquele dia. Além de conhecimento, você fazia questão de nos ensinar o que era disciplina. E hoje eu posso dizer que entendo perfeitamente o porquê. Você sempre foi um professor completo.
Leia mais:A impressão que você causou em mim durante aqueles dois anos foi tão grande que era meio inevitável escolher cursar história. Eu tinha vontade de seguir seus passos e ser tão grande na vida de alguém como você era na minha.
Bom, como sabemos, eu acabei por não cursar história e me formei em jornalismo. No entanto, sinto que isso não fez diferença alguma em nosso laço, já que você continua sendo um dos meus maiores entusiastas, profissionalmente falando. Sete anos depois do nosso primeiro contato, foi para você que eu liguei quando precisei de embasamento teórico para verificar uma desinformação política. Oito anos depois de nos conhecermos, você continua me incentivando a ser uma jornalista melhor.
É complexo entender as marcas que deixamos na vida de alguém e eu queria que você soubesse que, apesar de carregar o mérito das minhas conquistas, a gratidão pela sua influência direta no que sou, sempre vai acompanhar o pacote. Mais do que isso, a contínua admiração e a amizade também estarão presentes. A você, meu eterno mestre, o meu eterno obrigada.
Da sua querida Thays.