Correio de Carajás

De Patrick Roberto para Marlene Chavito

(O mestre e a fagulha acesa na alma)

Na jornada da vida, muitas vezes nos deparamos com indivíduos que deixam uma marca indelével em nosso coração, e meus professores dos tempos da escola são, sem dúvidas, alguns desses seres especiais. Entre tantos mestres e suas participações marcantes em minha formação, sempre gosto de destacar a importância de Marlene Ramos Chavito, figura fundamental no meu gosto pela leitura, pela escrita, meu ponto de partida para a profissão que eu abraçaria, o Jornalismo.

Seu nome é minha homenagem de cuidado, dedicação e inteligência, e esta crônica visa expressar sincera gratidão e admiração por esta educadora extraordinária.

Ela não era apenas uma transmissora de conhecimento, mas também uma mentora e amiga. Durante os anos que passei sob sua orientação, testemunhei sua paixão por ensinar, sua paciência infinita e sua vontade incansável de ajudar seus alunos a alcançar seu potencial máximo.

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Creio que assim tenha sido para várias gerações que ela também tutelou na rede pública de Marabá, da qual eu soube que já se aposentou há poucos anos, após longa trajetória.

Marlene é formada em Letras, da primeira turma da então Universidade Federal do Pará (UFPA), em Marabá. Lecionou em escolas como Alvorada e Acy Barros, onde também desenvolveu a função de gestora. Na sala de aula, se dedicou às disciplinas de Língua Portuguesa, Redação, Literatura e Artes. Como parte de seu perfil disse que sempre buscou manter a seriedade no relacionamento com os alunos sem deixar a afetividade de lado.

São muitas as memórias que guardo dela, do trabalho cotidiano. Hoje percebo que ela não apenas se preocupava com nosso progresso acadêmico, mas também com nosso bem-estar emocional e mental. Ela estava sempre disponível para ouvir nossas preocupações, oferecer conselhos, quando necessário.

Seu sorriso caloroso e palavras de encorajamento eram como um refúgio seguro para todos nós. Ela nos ensinou a importância de cuidar uns dos outros e como um ato simples de gentileza pode fazer toda a diferença.

Além disso, Marlene também foi uma inovadora. Sempre buscando maneiras criativas de envolver os alunos, usando atividades práticas e métodos interativos para tornar o processo de aprendizagem divertido e eficaz. Sua abordagem mostrou que a educação pode ser mais do que apenas decorar fatos; pode ser uma jornada de descoberta e crescimento pessoal.

Marlene Chavitto, minha professora dos tempos da escola, não apenas moldou minha educação, mas também moldou minha visão de mundo. Ela me ensinou lições valiosas que vão além dos livros didáticos, como a importância da empatia, da resiliência e da paixão pelo que fazemos. Ela me contribuiu para ser um aprendiz ao longo da vida, para buscar a excelência e tratar a escrita, a língua portuguesa, com o máximo respeito. (Patrick Roberto Carvalho)