Professora Eliana, quanto tempo que a gente não se vê ou não se fala, não é mesmo? Dias atrás pedi à minha mãe para procurar fotos antigas do tempo da escola e ela me enviou uma nossa pelo WhatsApp. Mesmo muito pequena, vieram à tona algumas recordações dos tempos de Mondrean.
Fui convocada pelo meu editor-chefe, Ulisses Pompeu, para escrever uma carta a um professor, para a publicação no jornal Correio.
Ah, antes preciso contar um pouco da minha vida. Quando mudei de escola (saí do Mondrean e fui para o Pequerrucho) acabei tendo que repetir a segunda série porque me acharam nova demais para iniciar em uma nova turma. Assim fiz, repeti a segunda série e dois anos depois saímos de Ananindeua e fomos para Santarém, onde moramos por dez anos. Logo em seguida, voltei à capital para terminar a faculdade de Comunicação Social, na Unama, e depois fui para Paragominas, onde meus pais estavam morando na época.
Leia mais:Agora estamos todos em Marabá. Estou casada e trabalhando em dois lugares: na Prefeitura Municipal e no Grupo Correio de Comunicação, onde atuo no Portal e Jornal impresso.
Até tentei seguir a minha formação, mas a paixão pelo jornalismo sempre falou mais alto. Na verdade, desde criança eu sempre disse que queria trabalhar na televisão. A televisão não deu certo, mas o jornalismo tem dado bons frutos. Talvez por isso, a “missão” de escrever essa carta não tenha sido difícil, porque é fácil e afetuoso relembrar os momentos da minha infância, principalmente na escola.
Obrigada por sempre me incentivar a usar a minha criatividade e minha extroversão. Sei que nunca fui do time das alunas mais tímidas, muito pelo contrário, integrava a turma das mais tagarelas.
Minhas memórias efetivas foram ativadas ao olhar fotos antigas e relembrar como foi bom ter a sua companhia, segurando a minha mão – como na foto – e me ensinando a escrever as minhas primeiras palavras.
Obrigada por me acompanhar nos meus primeiros anos de alfabetização e por me encorajar a ler, falar em público e fazer apresentações para a escola inteira. Isso me fez crescer sem medo de me expressar e me trouxe grandes aprendizados para a vida.
Não sei se essa carta irá chegar até você. Não sei se continuou na lecionando ou se seguiu novos rumos. Mas, fica aqui o registro público da minha gratidão a uma professora muito querida, com quem tive o prazer de cruzar durante minha jornada.
Feliz Dia do Professor para minha eterna professora!
Com carinho, Ana Mangas.