Daniel Alves foi posto em liberdade, nesta segunda-feira (25/3), após pagar a fiança de 1 milhão de euros (cerca de R$ 5,5 milhões). O ex-jogador, que estava preso há mais de um ano por estupro e foi condenado há 4 anos e meio, saiu da penitenciária sob protestos de funcionários prisionais.
A manifestação na porta do presídio foi organizada por outro motivo: o assassinato de uma cozinheira na cadeia de Tarragona desencadeou uma série de manifestações de pessoas que trabalham em presídios da Espanha nas últimas semanas. Foi preciso que a polícia catalã controlasse os presentes na porta do Brians 2 para a saída de Daniel Alves, mas algumas pessoas se dirigiram ao ex-atleta quando ele se encaminhava para o carro ao lado de seus advogados.
A liberdade provisória foi concedida pela Justiça da Espanha, na semana passada, mediante à quitação do valor e outras medidas cautelares, como a entrega dos passaportes brasileiro e espanhol; afastamento de 1km e incomunicabilidade com a vítima; e ida ao tribunal semanalmente. Daniel Alves também não pode sair da Espanha.
Leia mais:Daniel Alves ficará em uma luxuosa mansão que adquiriu quando era jogador do Barcelona, nos arredores da cidade espanhola. Os passaportes, espanhol e brasileiro, de Daniel já foram entregues às autoridades.
De acordo o jornal catalão El Periodico, pessoas ligadas ao ex-jogador afirmaram que a defesa não esperava uma quantia tão alta fosse determinada como fiança. Por isso, ele teve dificuldades em conseguir o valor e recorreu a familiares e amigos. Um deles foi o pai de Neymar, que negou uma segunda ajuda. A família de Neymar já havia contribuído com a defesa de Daniel Alves uma vez, ao pagar uma multa de cerca de 150 mil euros (R$ 800 mil) como indenização à vítima, o que ajudou a reduzir a pena.
O Ministério Público da Espanha e a defesa da vítima foram totalmente contra a liberdade sob fiança por consideraram alta a chance de fuga do brasileiro, exatamente pela alta capacidade econômica dele. Segundo a advogada que representa a jovem agredida por Daniel Alves, a mulher ficou abalada com a informação. E chegou a afirmar que se sentia “estuprada de novo”.
O tribunal, porém, argumentou que a pena de 4 anos e 6 meses de prisão fez com que o risco de fugir fosse “reduzido”. Por outro lado, admitiu que certo perigo “persiste” e, por isso, decidiu por fiança tão alta e proibiu o brasileiro de sair da Espanha.
(Fonte: Metrópoles)