Correio de Carajás

“Da Paz” é solta, mas deve ir a júri este ano com outros 5 acusados

Advogados conseguiram que a prisão preventiva da acusada fosse revogada

Advogados Odilon Vieira Neto e Diego Adriano Freires conduzem Da Maria Da Paz para fora do presídio feminino na tarde desta segunda-feira

Os seis acusados de participação no assassinato do empresário Edilson Pereira de Sousa, em Marabá, devem ir a júri popular ainda este ano, conforme apurado pela Reportagem deste CORREIO. De todos os seis, apenas Maria da Paz Ferreira, a “Da Paz”, está respondendo em liberdade. Ela conseguiu a revogação da prisão preventiva na tarde desta segunda-feira (13), no Centro de Recuperação Feminina de Marabá (CRFM), por meio de atuação dos advogados Odilon Neto e Diego Adriano Freires.

Edilson Pereira de Sousa, 53 anos, era empresário do ramo de joias na região

Os outros acusados – que ainda permanecem presos – são Oinotna Silva Ferreira, a “Tina”, que é filha de Da Paz; Gabryella Ferreira Bogéa, a Gaby, filha de “Tina”; além de Mateus Mendes, Rafael Ferreira de Abreu, irmão de Gaby; e Bruno Glender, que seria namorado de Gaby.

Além destes, a jovem Alanna Camila Macedo Vieira chegou a ser presa, mas no decorrer do processo, o Poder Judiciário não encontrou nenhuma prova contra ela, de modo que Alanna não deve nada à Justiça nesse caso e não vai a júri popular, conforme sentença assinada ainda pelo juiz Alexandre Hiroshi Arakaki, que foi enviada pelo advogado dela, Ênio Pazin, à Redação deste CORREIO.

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“Ela está livre da acusação, pois não cabe mais recurso. Também está em liberdade definitiva”, afirmou o advogado.

Os seis presos pelo assassinato de Edilson Pereira de Sousa devem ir a júri popular ainda este ano

A Operação Golden, que culminou com a prisão dos sete, foi desencadeada pelo delegado Marcelo Delgado, da Polícia Civil, com a participação do Núcleo de Apoio à Investigação (NAI), com o intuito de prender os acusados de assassinar o joalheiro Edilson Pereira, em abril de 2021, cujo corpo foi abandonado no Rio Itacaiunas, em Marabá, e ainda houve tentativa de incendiar o veículo da vítima, um Renegade.

As investigações apontaram que o vendedor de joias foi assassinado a mando de uma mulher, que seria Tina, filha de Da Paz, que é bem conhecida em Marabá. Tina não queria pagar uma dívida de R$ 1,9 milhão que tinha com Edilson.

As prisões ocorreram de forma simultânea nas cidades de Marabá, Imperatriz (MA), Goiânia (GO) e Foz do Iguaçu (PR).

O QUE DIZ A DEFESA

O CORREIO entrou em contato com a defesa de Da Paz, os advogados Odilon Vieira Neto e Diego Adriano Freires.

Odilon Vieira avalia que a decisão foi justa e acertada. “E para além disso, está em consonância com o Artigo 1º da Constituição. Nossa cliente está inteiramente à disposição da Justiça”.

Os escritórios Teixeira&Freires e Odilon Vieira Neto atuam, também, na defesa de Oinotna Silva Ferreira e sua filha Gabryella Ferreira Bogéa, que foram presas em Foz do Iguaçu, no Paraná, e recambiadas para Marabá ainda no ano passado. Todavia, não quiz falar sobre a situação de ambas, confirmando apenas que houve pronúncia dos sete acusados e que o julgamento deve ocorrer ainda este ano.

Influenciadora digital Gabryella Bogea era muito conhecida em Marabá e sua prisão causou grande repercussão

QUEM É DA PAZ?

Maria da Paz Silva Ferreira, a popular “Da Paz”, que tem 71 anos e é muito conhecida na cidade. Ela é viúva de Antônio Ferreira, o Antônio Cabeludo, empresário e política que também era muito conhecido na cidade. (Chagas Filho e Ulisses Pompeu)

Esta notícia foi alterada às 18h23 desta segunda-feira (13), para explicar que Allana Camilla Macedo Vieira não foi pronunciada e, portanto, é inocente nesse caso.