Os professores da rede pública municipal de Curionópolis, no sudeste do Pará, decidiram durante Assembleia Geral realizada na quinta-feira (30) entrar em greve a partir desta segunda-feira (4). De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Estado do Pará (Sintepp – Subsede Curionópolis), a paralisação da categoria é em protesto pela à falta de reformas das escolas, que afetam as condições de trabalho dos professores.
O Sindicado denuncia que a situação é ainda mais grave na zona rural do município, onde o cenário é sombrio. Ventiladores quebrados, salas de aula com infiltrações, janelas com vidros quebrados e situações que comprometem a segurança de professores, merendeiras, vigias e alunos são apenas alguns dos problemas apontados.
De acordo com o Sintepp, a realidade das escolas do município atualmente beira o caos. “As bibliotecas estão mal equipadas e com livros expostos à poeira e à chuva. Os banheiros estão inutilizados em virtude da ausência de manutenção, sem contar com a falta de ambientes climatizados, telhados com buracos e ausência de materiais mínimos para a prática educacional”, denuncia Hebber Kennady Martins dos Santos, coordenador geral do Sintepp no município.
Leia mais:“O governo municipal atrasou o calendário de 2017 assegurando que faria as reformas prometidas ainda no começo deste ano. Fato este que não aconteceu, ocasionando transtornos não somente ao calendário, como também as condições de trabalho dos profissionais que estão inseridos no âmbito escolar”, reitera.
Ele observa também que a situação crítica nas escolas na cidade e na zona rural afeta não somente as condições de trabalho dos professores, vigias, merendeiras e demais profissionais, mas também dos alunos, que estão estudando em ambiente insalubre.
Ele pontua ainda que o cenário da educação pública no município é ‘catastrófico’. “Fica difícil fiscalizar a gestapo pública, porque a prefeitura municipal também é uma das menos transparentes da região. Os gastos com o funcionalismo público, por exemplo, não são evidenciados em portal específico [da transparência]”.
Verba
Segundo o Sintepp, a Prefeitura de Curionópolis recebeu em fevereiro deste ano uma verba suplementar da União estimada em quase R$ 1 milhão. “Mas até o momento, não se sabe qual a destinação deste recurso. O crescente aumento dos royalties relativos à exploração mineral também não teve impacto nas obras estruturais da cidade. Para piorar a situação, o Sintepp também não recebeu a folha analítica, tendo que ingressar na justiça para obtê-la”, frisa o coordenador.
Hebber destaca também a ausência de diálogo com o governo que, segundo ele, se omitiu em agendar ainda no mês de novembro uma reunião para discutir pontos de pautas relevantes para a categoria, dentre eles, a destinação dos recursos do Fundeb e o cumprimento do Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR).
O sindicato divulgou fotos em redes sociais, mostrando a situação em que se encontram algumas escolas municipais. “Essa realidade atual das escolas municipais não condiz com o volume de recursos que a cidade vem recebendo”, conta o sindicalista. O Correio tentou, mas não conseguiu contato telefônico com a Prefeitura de Curionópolis para falar sobre as denúncias feitas pelo Sintepp.
(Tina Santos)
Os professores da rede pública municipal de Curionópolis, no sudeste do Pará, decidiram durante Assembleia Geral realizada na quinta-feira (30) entrar em greve a partir desta segunda-feira (4). De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Estado do Pará (Sintepp – Subsede Curionópolis), a paralisação da categoria é em protesto pela à falta de reformas das escolas, que afetam as condições de trabalho dos professores.
O Sindicado denuncia que a situação é ainda mais grave na zona rural do município, onde o cenário é sombrio. Ventiladores quebrados, salas de aula com infiltrações, janelas com vidros quebrados e situações que comprometem a segurança de professores, merendeiras, vigias e alunos são apenas alguns dos problemas apontados.
De acordo com o Sintepp, a realidade das escolas do município atualmente beira o caos. “As bibliotecas estão mal equipadas e com livros expostos à poeira e à chuva. Os banheiros estão inutilizados em virtude da ausência de manutenção, sem contar com a falta de ambientes climatizados, telhados com buracos e ausência de materiais mínimos para a prática educacional”, denuncia Hebber Kennady Martins dos Santos, coordenador geral do Sintepp no município.
“O governo municipal atrasou o calendário de 2017 assegurando que faria as reformas prometidas ainda no começo deste ano. Fato este que não aconteceu, ocasionando transtornos não somente ao calendário, como também as condições de trabalho dos profissionais que estão inseridos no âmbito escolar”, reitera.
Ele observa também que a situação crítica nas escolas na cidade e na zona rural afeta não somente as condições de trabalho dos professores, vigias, merendeiras e demais profissionais, mas também dos alunos, que estão estudando em ambiente insalubre.
Ele pontua ainda que o cenário da educação pública no município é ‘catastrófico’. “Fica difícil fiscalizar a gestapo pública, porque a prefeitura municipal também é uma das menos transparentes da região. Os gastos com o funcionalismo público, por exemplo, não são evidenciados em portal específico [da transparência]”.
Verba
Segundo o Sintepp, a Prefeitura de Curionópolis recebeu em fevereiro deste ano uma verba suplementar da União estimada em quase R$ 1 milhão. “Mas até o momento, não se sabe qual a destinação deste recurso. O crescente aumento dos royalties relativos à exploração mineral também não teve impacto nas obras estruturais da cidade. Para piorar a situação, o Sintepp também não recebeu a folha analítica, tendo que ingressar na justiça para obtê-la”, frisa o coordenador.
Hebber destaca também a ausência de diálogo com o governo que, segundo ele, se omitiu em agendar ainda no mês de novembro uma reunião para discutir pontos de pautas relevantes para a categoria, dentre eles, a destinação dos recursos do Fundeb e o cumprimento do Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR).
O sindicato divulgou fotos em redes sociais, mostrando a situação em que se encontram algumas escolas municipais. “Essa realidade atual das escolas municipais não condiz com o volume de recursos que a cidade vem recebendo”, conta o sindicalista. O Correio tentou, mas não conseguiu contato telefônico com a Prefeitura de Curionópolis para falar sobre as denúncias feitas pelo Sintepp.
(Tina Santos)