As pontes das estradas da zona rural do município de Curionópolis, no sudeste do Pará, estão abandonadas pela prefeitura e, sem manutenção, se tornaram armadilhas mortais para motoristas. Um exemplo é a ponte sobre o Rio Sereno.
Na noite de ontem, quinta-feira, 23, um motorista por pouco não perde a vida no local. O carro dele caiu no rio, após a madeira, já podre, quebrar quando atravessava a ponte.
Por sorte, o motorista e um amigo, que estava como passageiro, conseguiram sair do veículo, antes que a água invadisse o automóvel. Moradores daquela região dizem que todas as pontes estão em estado de abandono e sendo um risco para quem precisa passar por elas, pois são as únicas vias de acesso à cidade ou ao local onde moram.
Leia mais:De acordo com os moradores, algumas pontes já estão intrafegáveis e outras precisando de reparos imediatos.
Uma das vítimas do acidente da noite de ontem, que não quis se identificar, contou que por volta das 20 horas foi junto com um amigo visitar familiares que moram na localidade do Rio Sereno. Quando o carro, dirigido pelo amigo ia passar na ponte, a madeira podre quebrou e o veículo caiu dentro do rio e, por milagre, conseguiram sair do automóvel e não tiveram ferimentos graves.
Ele detalhou que, para sua sorte, o motorista de uma pá-carregadeira que passou próxima ao local do acidente teve pena deles e tirou carro do rio. “Graça a Deus estamos vivos, mas poderíamos ter morrido por conta da falta de gestão dessa administração, que abandou a zona rural de Curionópolis”, desabafa a vítima.
Enquanto os moradores sofrem abandonados, trilhos de ferro doados pela mineradora Vale para construir pontes na zona rural, estão sendo consumidos pela ferrugem, amontoados e a céu aberto em uma área ao lado da garagem da prefeitura.
Os trilhos foram doados há mais de um ano para essa finalidade. Para os moradores da zona rural, isso mostra a falta de compromisso da atual gestão com quem mora nessa localidade, e que precisa das pontes para trafegar e escoar suas produções agrícolas.
O Portal Correio de Carajás tentou contato com a Prefeitura, mas ninguém quis falar sobre o assunto. A Prefeitura também não emitiu nenhuma nota sobre a situação. (Tina Santos – Com informações de Edson Luiz)