Correio de Carajás

Crise dos coletivos: Mudança pode parar no MPE

Embora a diretoria das empresas de ônibus tenha explicado que a medida vem para resolver um problema recorrente na gestão do transporte público de Marabá, representantes do Conselho dos Direitos da Pessoa com Deficiência e do Conselho Municipal de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa já se pronunciaram sobre o caso, dizendo que não vão aceitar a nova norma.

“Nós vamos sentar com o Ministério Público para resolver isso, junto com a promotora de Justiça do Idoso, Lílian Viana, porque a gente precisa combater essa medida”, declarou Maria Onete Fonseca, presidente do Conselho do Idoso.

Com relação à exigência do VT Card, ela disse que pretende-se discutir a idade mínima para ter direito ao transporte gratuito, uma vez que na legislação federal a gratuidade é garantida a pessoas da terceira idade, a partir dos 60 anos.

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“Este ano, em Marabá, vai ter a conferencia do idoso. Nós estamos querendo ver se a gente faz essa conferência em outubro e vamos mais uma vez debater sobre o que está nessa Lei Orgânica do Município, que contradiz o Estatuto do Idoso”.

Jacinta de Fátima Tavares Teixeira, presidente do Conselho dos Direitos da Pessoa com Deficiência, revelou que a entidade tem uma reunião agendada com a promotora Lílian no dia 25 deste mês na qual pretende discutir este assunto.

“Essa vai ser uma das pautas, porque realmente houve essa situação, inclusive aconteceu com uma pessoa que é do conselho, que passou constrangimento dentro do ônibus”, relatou, dizendo ainda que a empresa de coletivos sequer chegou a informar ao conselho sobre a nova medida adotada.

Gilberto, membro do Conselho de Transporte concorda com a mudança

Conselho de Transporte

Diferente do que foi falado pelas demais entidades, Gilberto Soares dos Santos, membro do Conselho Municipal de Transportes, disse que a mudança é algo natural, porque é preciso passar pela catraca para que os usuários sejam registrados no transporte público.

“O que tem que ser discutido é o limite de passageiros nos ônibus, porque se tiver uma quantidade suficiente, aquelas pessoas não vão ficar amontoadas na parte da frente. Se o idoso entra, gira a roleta e vai lá para trás ninguém ficará amontoado na frente. Está em vista a chegada de 20 novos ônibus, segundo nos disse as empresas, e a gente vem cobrando isso”, concluiu. (Nathália Viegas)