Uma criança de dois anos de idade perdeu parte do intestino após engolir seis bolinhas magnéticas “desestressantes”. A mãe de Meliyah-Jayd, Jade Berriman, 31, disse ao periódico britânico Daily Mail que os sintomas — dores fortes e queimação no estômago — começaram no dia 2 de setembro, mas que o diagnóstico só foi dado semanas depois.
Na primeira vez em que foi ao hospital, a menina foi dispensada pelos médicos por ter sido diagnosticada com uma simples infecção intestinal. Até aquele momento, a família não sabia que a criança tinha engolido as bolinhas.
Uma semana depois, com os mesmos sintomas, Meliyah foi levada ao pronto-socorro do Hull University Teaching Hospital e foi diagnosticada com amidalite. A mãe disse que os médicos receitaram antibióticos e orientaram a família a voltar para casa.
Leia mais:Uma semana depois que a dor de barriga começou, cheguei em casa do trabalho e, no domingo de manhã, ela estava rolando de dor. Foi o pior som que já ouvi. Então, fomos ao pronto-socorro. Me pediram para coletar uma amostra de urina de minha filha, mas, como ela estava desidratada por causa da doença, ela não podia fazer. Um médico, então, examinou sua garganta e diagnosticou que ela tinha amidalite. Eu sabia que isso era completamente errado, mas deram antibióticos a ela e me mandaram para casa com um bebê letárgico que estava constantemente doente e gritando de dor de barriga”.
JADE BERRIMAN
Mãe da criança
Só na terceira semana, quando a menina vomitou “litros de um líquido verde-escuro”, é que, no pronto-socorro, foram pedidos exames mais detalhados, e os médicos descobriram que ela havia engolido seis bolinhas magnéticas de quatro milímetros cada, e que os objetos haviam aberto quatro buracos em seu intestino delgado.
CRIANÇA FOI SUBMETIDA A CIRURGIA
Meliyah foi submetida a uma cirurgia de emergência que durou em torno de três horas e acarretou na retirada de cerca de 40 centímetros do intestino da menina. “Ela estava sufocando sozinha com o próprio vômito e tivemos que segurá-la. Agarrei o médico e chorei, pedi que fizessem mais exames. Ela estava morrendo. Eu sabia que ela estava morrendo e sabia que ela estava me deixando. Ela estava ficando mais fraca. Foi terrível. Não consigo nem descrever como foi”, contou Berriman.
A mãe, agora, tem usado as redes sociais para alertar outros pais. “Não comprem essas bolas de metal”, adverte. Após uma semana internada, a criança recebeu alta e se recupera em casa, com a família. Ela ficou com uma cicatriz permanente de 12 centímetros na barriga.
Em nota encaminhada ao jornal britânico Daily Mirror, o pronto-socorro onde a menina foi atendida informou que não comentava casos individuais. Já o hospital onde ela foi dispensada inicialmente e depois internada afimou que não havia registro de reclamação por parte da família.
(Diário do Nordeste)