Miguel Ribeiro Raizer, de apenas 4 anos de idade, foi diagnosticado com hipertrofia adenoideana. A criança, que possui uma obstrução nasal – tecido adenoideano ocupa cerca de 70% de rinofaringe amigdalas palatinas, em grau III – foi encaminhada para uma avaliação com um médico otorrinolaringologista no Hospital Betina Ferro, em Belém. Contudo, o cadastro no sistema de regulação, realizado no dia 11 de outubro de 2021, foi feito de forma incorreta, constando solicitação para uma consulta com oftalmologista.
A mãe do menor, Jéssica Raizer, procurou por diversas vezes a Secretaria Municipal de Saúde para que o equívoco fosse corrigido. Como até agora nada foi feito, a genitora recorreu ao Ministério Público do Estado do Pará para denunciar o descaso com a saúde do seu filho.
De acordo com o relato da mãe, a criança constantemente está com a garganta inflamada e febre, em decorrência da não correção cirúrgica. Ela afirma que o filho não dorme direito por faltar oxigenação adequada. E, além disso, ele sempre está muito cansado e não consegue ter uma infância “normal”, já que não condições de brincar como as outras crianças por conta da falta de ar.
Leia mais:A mãe finaliza afirmando que além da consulta com o otorrinolaringologista, Miguel precisa ser submetido a um exame de ressonância magnética com sedação, para que o tratamento seja realizado de forma adequada.
Jéssica informa que o exame foi cadastrado no sistema público SISREG e consta como se a criança já tivesse realizado o exame sem sedação, o que não aconteceu.
A mãe clama apoio do MP para que o órgão possa intervir e garantir a consulta médica e a realização do exame de ressonância magnética em Miguel.
Ministério Público
A promotora de Justiça, Alexssandra Muniz Mardegan, responsável pelo caso, solicitou à Secretaria Municipal de Saúde e à Secretaria de Estado da Saúde do Pará urgência nas providências para que a consulta e o exame sejam realizados em Miguel em um prazo de 10 dias.
(Da Redação)