Correio de Carajás

Covid-19: Pesquisa da Uepa inicia testagem rápida de porta em porta, em Marabá

Iniciou nesta quarta-feira (19) a segunda etapa da pesquisa epidemiológica, realizada pela Universidade Estadual do Pará (Uepa) em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), em Marabá e outros municípios da região Carajás. Nesta fase, serão aplicados 230 testes rápidos em diversos núcleos da zona urbana e vilas da zona rural.

Os testes serão aplicados em residências distribuídas da seguinte forma: 60 no Núcleo Cidade Nova; 90 no Núcleo Nova Marabá; 20 no Núcleo Marabá Pioneira; 20 no Núcleo São Félix; 10 na Vila São José; 10 na Vila Sororó; e 20 no Núcleo Morada Nova.

O resultado leva 15 minutos para ser concluído / Foto: Evangelista Rocha

Na primeira etapa, dos 230 testes aplicados em Marabá, 52 resultaram positivamente para covid-19. Durante a manhã, a Reportagem do Portal Correio acompanhou uma estudante e uma Agente Comunitária de Saúde (ACS) que participam da pesquisa, e até às 10h24, dos quatro testes feitos na Folha 6, um deu resultado positivo.

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A pesquisa é aplicada por estudantes do curso de enfermagem da Uepa, sendo cinco em Marabá. Na manhã dessa quarta-feira (19), eles passaram pelas Folhas 6, 10, 35, 32, e Vila Sororó, sendo que pela tarde as visitas continuam no Núcleo Cidade Nova e Velha Marabá.

Os universitários possuem uma meta de testes para serem aplicados em cada bairro da cidade / Foto: Evangelista Rocha

Ana Caroline Coutinho é estudante de enfermagem da Uepa de Tucuruí, e explica que o objetivo é ajudar o governo a ter uma real dimensão do crescimento da pandemia no interior do Estado do Pará.

“Além do teste rápido, aplicamos também um questionário para traçarmos o perfil socioeconômico da população visitada. Assim, podemos fazer um monitoramento daquela pessoa, se é de baixa-renda, se ela precisa ser acompanhada com mais frequência, se vai ter condições de ir ao posto de saúde, se terá condição de receber uma orientação de tratamento etc”, explica Ana Caroline.

Ana Caroline explica que a pesquisa é de grande importância para que tudo volte à normalidade / Foto: Evangelista Rocha

A estudante também ressalta que na primeira fase, houve muita dificuldade em convencer a população da credibilidade da pesquisa, que pensava se tratar de um golpe.

“Devido a muitas informações falsas que foram espalhadas, tivemos resistência das pessoas para nos receber. Mas, ressaltamos que essa pesquisa é de suma importância para combatermos o coronavírus, então pedimos a compreensão da população para que nos receba, e tenha essa oportunidade de realizar o teste rápido”, solicita a acadêmica.

Dona Maria Rodrigues, de 65 anos, foi uma das participantes da pesquisa, na Folha 6, e agradeceu pela possibilidade de realizar o teste e contribuir.

Dona Maria Rodrigues testou negativamente para Covid-19 e se sentiu aliviada / Foto: Evangelista Rocha

“Estou muito grata, ainda mais pelo meu resultado ter sido negativo. É uma ação muito boa, pois nem todo mundo tem a chance de fazer o teste. Agora é continuar me cuidando para não pegar o vírus”, disse Maria.

Os acadêmicos também estão espalhados por outros municípios da região Carajás / Foto: Evangelista Rocha

Os acadêmicos permanecem realizando os testes em Parauapebas, Tucuruí, Tailândia, Novo Repartimento, Dom Eliseu, Eldorado dos Carajás e São Geraldo do Araguaia. A meta é finalizar a segunda etapa na região Carajás até sexta-feira (21). (Zeus Bandeira)