Correio de Carajás

Costureiras do campo de Parauapebas participam de intercâmbio em Canaã dos Carajás

Visando estimular a organização produtiva das mulheres do campo, a Secretaria Municipal de Produção Rural de Parauapebas (Sempror) está dando apoio técnico, promovendo cursos de qualificação profissional e fazendo intercâmbios com outros municípios, para troca de experiências e fortalecer as atividades que estão sendo desenvolvidas em várias áreas.

Ontem, quinta-feira, 1º, dois grupos de mulheres de corte e costura das vilas Paulo Fonteles e Sansão estiveram em Canaã dos Carajás conhecendo as experiências bem-sucedidas na área da Economia Solidária, apoiadas pela Agência de Desenvolvimento Econômico e Social de Canaã dos Carajás (Agência Canaã).

Além de conhecer a estrutura da área urbana, elas também tiveram a oportunidade de conhecer os projetos desenvolvidos nas vilas rurais, como do Projeto de Assentamento Américo Santana, onde, além da costura e artesanato, as mulheres também estão fabricando sabonetes, sabão aromatizado, velas e outros derivados com essências da Amazônia e cera de abelha.

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Parte do material é produzido pela própria comunidade local, nos projetos apoiados pela Agência Canaã, que é uma entidade sem fins lucrativos que conta com apoio da iniciativa privada e poder público. Na companhia de Raquel Rosa, da Sempror, o grupo de mulheres foi recebido pela diretora da agência, Graça Reis.

Antes de conhecerem os projetos apoiados pela entidade, elas foram recepcionadas com apresentações culturais e com um café da manhã. A recepção também contou com a presença de representantes da mineradora Vale, uma das parceiras da agência, e Telda Lima, do Ibama de Brasília, que estava na cidade justamente fazendo vistoria técnica nos projetos mitigados para Canaã como compensações pelos impactos causados pelo projeto S11D.

Ainda na agência, as mulheres viram o atelier, com máquinas industriais de última geração, doadas pela Vale dentro das mitigações dos projetos Sossego e S11D, assim como viram amostras da produção de mel de um dos apicultores que já está produzindo o produto em escala industrial.

Depois foram até o assentamento Américo Santana, onde conheceram as atividades desenvolvidas pelo Projeto de Fortalecendo do Grupo de Mulheres Assentadas do PA (IPOMEA). De lá, conheceram a sede do Grupo Correio em Canaã dos Carajás, o viveiro municipal e ponto de apoio da Economia Solidária dentro da Feira do Produtor.

No local estão expostas à venda peças de artesanato, produção agrícola e de mel dos projetos que recebem o apoio da Agência Canaã. As mulheres ficaram encantadas com tudo o que viram e querem seguir os mesmos passos, se unindo para fortalecer os projetos que estão sendo desenvolvidos em Parauapebas com o apoio da Sempror.

Na vila Sansão, as mulheres também receberam máquinas de costura doadas pela Vale e já estão em plena atividade e pretendem, unindo forças, logo está produzindo para o mercado local. A diretora da Agência falou um pouco das experiências e persistência para que os projetos possam dar certo e se colocou à disposição das mulheres de Parauapebas. Ela explica que esse tipo de intercâmbio é importante no fortalecimento das mulheres. “A gente é uma comunidade e um tem que fortalecer o outro”, enfatiza.

Ela explica que a Agência Canaã é uma fortalecedora de todas as organizações sociais, fazendo a intermediação entre as organizações e o poder público, assim com a iniciativa privada. “Hoje temos vários projetos apoiados pela Vale e o poder público, como o projeto de costureiras, sendo um na zona urbana e quatro na zona rural”, explica Garça Reis.

Além disso, também há projetos de avicultura, piscicultura, melhoramento genético do rebanho bovino, ordenha mecanizada e apicultura, com a construção de uma agroindústria do mel, que vai beneficiar não só Canaã, como a região.

“Esse é um projeto com apoio da Fundação Vale. Nós vamos conseguir o selo de qualidade e iremos funcionar como um mini-entreposto e temos um grande objetivo que é vender parte dessa produção para a merenda escolar daqui [Canaã] e também de Parauapebas e outros municípios”, planeja Graça.

Ainda há projetos de açaí, onde 17 famílias estão sendo beneficiadas. Atualmente, segundo Graça, existem 15 organizações sendo beneficiadas com projetos, dentre cooperativas, sindicatos e ONGs.

Fiscalização

Fazendo vistoria técnica do Ibama em Canaã, Telda Lima, disse que essas fiscalizações são periódicas, para avaliar junto à comunidade como está a qualidade dos projetos mitigados na implantação dos projetos minerais seja na área social e ambiental. Neste caso, ela estava em Canaã avaliando os mitigados com a implantação do S11D e depois vai para Marabá e também Parauapebas avaliar os mitigados com a implantação do Salobo.

Ela não quis falar como está a execução dos projetos, justificando que a vistoria ainda está em andamento. Telda disse que ficou feliz em ver a organização das mulheres, buscando qualificação e também lutando pelo seu espaço na sociedade e sendo fiscalizadoras. “É bom a gente ver que elas, alem de continuarem com seus afazeres do lar, estão indo à luta, buscando seu espaço, que é mais do que justo”, frisa Telda. (Tina Santos)

 

Fotos: Tina Santos

Visando estimular a organização produtiva das mulheres do campo, a Secretaria Municipal de Produção Rural de Parauapebas (Sempror) está dando apoio técnico, promovendo cursos de qualificação profissional e fazendo intercâmbios com outros municípios, para troca de experiências e fortalecer as atividades que estão sendo desenvolvidas em várias áreas.

Ontem, quinta-feira, 1º, dois grupos de mulheres de corte e costura das vilas Paulo Fonteles e Sansão estiveram em Canaã dos Carajás conhecendo as experiências bem-sucedidas na área da Economia Solidária, apoiadas pela Agência de Desenvolvimento Econômico e Social de Canaã dos Carajás (Agência Canaã).

Além de conhecer a estrutura da área urbana, elas também tiveram a oportunidade de conhecer os projetos desenvolvidos nas vilas rurais, como do Projeto de Assentamento Américo Santana, onde, além da costura e artesanato, as mulheres também estão fabricando sabonetes, sabão aromatizado, velas e outros derivados com essências da Amazônia e cera de abelha.

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Parte do material é produzido pela própria comunidade local, nos projetos apoiados pela Agência Canaã, que é uma entidade sem fins lucrativos que conta com apoio da iniciativa privada e poder público. Na companhia de Raquel Rosa, da Sempror, o grupo de mulheres foi recebido pela diretora da agência, Graça Reis.

Antes de conhecerem os projetos apoiados pela entidade, elas foram recepcionadas com apresentações culturais e com um café da manhã. A recepção também contou com a presença de representantes da mineradora Vale, uma das parceiras da agência, e Telda Lima, do Ibama de Brasília, que estava na cidade justamente fazendo vistoria técnica nos projetos mitigados para Canaã como compensações pelos impactos causados pelo projeto S11D.

Ainda na agência, as mulheres viram o atelier, com máquinas industriais de última geração, doadas pela Vale dentro das mitigações dos projetos Sossego e S11D, assim como viram amostras da produção de mel de um dos apicultores que já está produzindo o produto em escala industrial.

Depois foram até o assentamento Américo Santana, onde conheceram as atividades desenvolvidas pelo Projeto de Fortalecendo do Grupo de Mulheres Assentadas do PA (IPOMEA). De lá, conheceram a sede do Grupo Correio em Canaã dos Carajás, o viveiro municipal e ponto de apoio da Economia Solidária dentro da Feira do Produtor.

No local estão expostas à venda peças de artesanato, produção agrícola e de mel dos projetos que recebem o apoio da Agência Canaã. As mulheres ficaram encantadas com tudo o que viram e querem seguir os mesmos passos, se unindo para fortalecer os projetos que estão sendo desenvolvidos em Parauapebas com o apoio da Sempror.

Na vila Sansão, as mulheres também receberam máquinas de costura doadas pela Vale e já estão em plena atividade e pretendem, unindo forças, logo está produzindo para o mercado local. A diretora da Agência falou um pouco das experiências e persistência para que os projetos possam dar certo e se colocou à disposição das mulheres de Parauapebas. Ela explica que esse tipo de intercâmbio é importante no fortalecimento das mulheres. “A gente é uma comunidade e um tem que fortalecer o outro”, enfatiza.

Ela explica que a Agência Canaã é uma fortalecedora de todas as organizações sociais, fazendo a intermediação entre as organizações e o poder público, assim com a iniciativa privada. “Hoje temos vários projetos apoiados pela Vale e o poder público, como o projeto de costureiras, sendo um na zona urbana e quatro na zona rural”, explica Garça Reis.

Além disso, também há projetos de avicultura, piscicultura, melhoramento genético do rebanho bovino, ordenha mecanizada e apicultura, com a construção de uma agroindústria do mel, que vai beneficiar não só Canaã, como a região.

“Esse é um projeto com apoio da Fundação Vale. Nós vamos conseguir o selo de qualidade e iremos funcionar como um mini-entreposto e temos um grande objetivo que é vender parte dessa produção para a merenda escolar daqui [Canaã] e também de Parauapebas e outros municípios”, planeja Graça.

Ainda há projetos de açaí, onde 17 famílias estão sendo beneficiadas. Atualmente, segundo Graça, existem 15 organizações sendo beneficiadas com projetos, dentre cooperativas, sindicatos e ONGs.

Fiscalização

Fazendo vistoria técnica do Ibama em Canaã, Telda Lima, disse que essas fiscalizações são periódicas, para avaliar junto à comunidade como está a qualidade dos projetos mitigados na implantação dos projetos minerais seja na área social e ambiental. Neste caso, ela estava em Canaã avaliando os mitigados com a implantação do S11D e depois vai para Marabá e também Parauapebas avaliar os mitigados com a implantação do Salobo.

Ela não quis falar como está a execução dos projetos, justificando que a vistoria ainda está em andamento. Telda disse que ficou feliz em ver a organização das mulheres, buscando qualificação e também lutando pelo seu espaço na sociedade e sendo fiscalizadoras. “É bom a gente ver que elas, alem de continuarem com seus afazeres do lar, estão indo à luta, buscando seu espaço, que é mais do que justo”, frisa Telda. (Tina Santos)

 

Fotos: Tina Santos