Alguém que acreditava nas pessoas e que tinha uma inabalável fé. Este era Adilson Jorge Souza Poltroniere, colega de trabalho que nós aqui do Grupo Correio de Comunicação perdemos nesta segunda-feira (15) aos 56 anos. O corpo será sepultado nesta terça-feira, às 10 horas, no Cemitério Park Gold Pax, no Km 2 da Alça Viária, na região metropolitana de Belém. O jornalista lutou pela vida em mais de 40 dias em leito de UTI no Hospital Ophir Loyola, mas não resistiu.
O que o levou à UTI foi uma insuficiência respiratória, mas os problemas de saúde dele, incluindo dores insuportáveis na coluna desde agosto de 2018, tinham a ver com um câncer de próstata que ele só teve diagnosticado no final do ano. Ouviu dos médicos que o estágio da doença estava avançado e havia metástase óssea. Debilitado, embarcou em dezembro para Belém, em busca de tratamento e não mais retornou a Marabá. Lá, teve acompanhamento dos filhos e de parentes.
Adilson era divorciado e deixa órfãos: Guimel Ganesha Ferreira Poltroniere, Shamyr Rigashe Ferreira Poltroniere, Évora Kadisha Ferreira Poltroniere e Shantal e Joshua Poltroniere, estes dois últimos do casamento mais recente, adolescentes aos quais procurava dar uma educação mais próxima.
Leia mais:Ele era evangélico, membro da Igreja Nova Aliança, na Nova Marabá e tinha em seus irmãos de congregação, pessoas com as quais podia contar em qualquer situação.
Profissionalmente, Adilson foi repórter de O Liberal entre 1997 e 2002, Assessor de Comunicação do Crea Amapá de 2005 a 2008, editor da InRevista – dedicada ao agronegócio aqui no sul e sudeste do Pará e Editor no Jornal Correio de 2015 até a data atual.
“Era um profissional da nossa confiança, que trouxemos em um momento importante de mudança de rumos editorais do Jornal. Ele ajudou a dar corpo a isso, sendo um dos sustentáculos do nosso trabalho. Para mim, pessoalmente, além de colega, um amigo com quem dividi angústias e com o qual me aconselhei em muitos momentos no fazer jornalístico. Nossos pêsames a sua família”, declarou o nosso editor-chefe Patrick Roberto, também diretor do CORREIO.
AMIGOS LAMENTAM
O desaparecimento precoce de Adilson Poltroniere foi muito lamentado por amigos, colegas de trabalho e por personalidades de Marabá entrevistadas por ele ou recebidas aqui na Redação do CORREIO. É o caso do advogado e ex-presidente da OAB Haroldo Gaia Pará: “A Sua vida foi pautada em prestar informação. Ele viveu e incorporou sua profissão de forma intensa e com afinco, fez o melhor de si, deixou para nós a esperança e a persistência por um futuro melhor”.
O assessor de comunicação da Prefeitura de Marabá, Alessandro Viana: “São nestes momentos que todas as palavras simplesmente desaparecem. Nos conhecemos na luta da rotina, nos tornamos grandes parceiros e principalmente amigos. Deus acaba de ganhar um editor de primeira para ajudá-lo a escrever a história da vida da nossa humanidade”.
Um outro amigo que fez na vida de jornalista foi Batista Filho, da InRevista: “Falar do amigo Adilson Poltroniere não é uma tarefa difícil, pessoa mais que especial em nossas vidas, (minha e de minha esposa Lauriane). Foi editor da revista Interativa News e Agro News, grande parceiro, amigo de estrada, amigo de oração, amigo confidente, conselheiro, estava sempre pronto a emprestar seu ombro amigo. Homem íntegro e temente a Deus, grande pai, amigo de seus filhos, os amavam incondicionalmente, homem de fé, isso! Homem de fé!! Não deixou de adorar ao grande Deus nem em seus momentos mais difíceis nos últimos meses”.
Já a diretora da TV Correio, Angélika Freitas, comentou: “O silêncio que se faz hoje não é apenas em nossa redação, mas no jornalismo marabaense que perde um grande profissional e um grande homem. Que privilégio tivemos, Adilson, de tê-lo entre a gente”. (Da Redação)