Na manhã desta quarta-feira, dia 9 de junho, Josiberto Joel Oliveira Marinho perdeu a luta contra a covid-19. Coronel do Exército Brasileiro da Arma de Intendência, ele era comandante da Base Administrativa da 23ª Brigada de Infantaria de Selva, em Marabá.
O falecimento dele ocorreu no Hospital da Mulher, em Belém, depois de ter sido internado no Hospital da Unimed, em Marabá, e ter sido liberado para casa, com 70% do pulmão comprometido, conforme ele mesmo narrou em um áudio enviado a amigos. Mas sua situação se agravou e ele foi levado para o hospital da Capital. Joel Marinho, como era conhecido, não tinha comorbidades e praticava atividades físicas regularmente.
O boletim médico de ontem, terça-feira, dizia o seguinte: “Ontem à noite (segunda-feira) ele teve uma parada cardíaca, o que contraindicava a instalação da hemodiálise contínua naquele momento.
Leia mais:Por isso, essa noite seria muito importante não ter novas intercorrências para possibilitar a instalação da hemodiálise contínua.
Graças a Deus ele passou a noite sem intercorrências e hoje pela manhã conseguiu instalar a hemodiálise contínua e permaneceu sem apresentar novas intercorrências”.
Após o falecimento dele, a filha Melissa Marinho fez a seguinte postagem em redes sociais: “agradecemos a todos que oraram, mas infelizmente o meu pai não resistiu.
Ele foi o melhor pai, marido, irmão e filho.
Um servo bom e fiel a Deus.
Amado e querido por muitos.
Nosso único consolo é a certeza da salvação dele em Cristo.
“Disse-lhe o seu Senhor: Muito bem, servo bom e fiel; sobre o pouco foste fiel, sobre muito te colocarei.” – Melissa, Arthur e Débora.
BIOGRAFIA
Joel Marinho nasceu em Belém, em 1972, mas tinha raízes em Marabá. Seu pai, Domingos Farias Marinho, havia servido por aqui na década de 1980, quando ele ainda era adolescente. Daqui, foi estudar em colégio militar em Brasília e 1990, seguiu para a Escola Preparatória de Cadetes e, de lá, para a Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN). Ao final dos quatro anos de preparação, veio direto para servir em Marabá. “Depois de 1984, quando meu irmão caçula nasceu, minha mãe se estabeleceu em Marabá como empresária e a partir daí esta cidade passou a fazer parte do nosso centro de convivência, profissional, social e familiar. Adotamos Marabá como nossa cidade”, disse ele em entrevista ao Correio de Carajás em 2019.
Embora fosse natural de Belém, preferiu retornar a Marabá, cidade de origem de sua esposa, Débora Correia Dias, com quem teve dois filhos: Adharsia Melissa Dias Marinho e Arthur Filipe Dias Marinho. A esposa serviu o Exército como tenente EB R2, na função de farmacêutica.
Seu irmão, Francenilson Félix Oliveira Marinho, é tenente-coronel da Polícia Militar, também em Marabá; outro irmão, Josenilson Adnei Oliveira Marinho, doutor e PHD em física, é docente pela UFRA no campus de Parauapebas; e Adielson Rafael Oliveira Marinho, formado em Engenharia de Materiais, é atualmente servidor da Prefeitura de Marabá.
O corpo do coronel Joel Marinho deve ser trazido para Marabá para sepultamento. Ele era membro da Igreja Adventista do Sétimo Dia, na Folha 21. (Ulisses Pompeu)