Correio de Carajás

Coqueluche: alta de casos reforça importância da vacinação

Tosse seca, falta de ar, febre e cansaço são alguns dos sintomas da coqueluche, uma doença infecciosa de alta transmissibilidade.

Foto: Freepik

Tosse seca, falta de ar, febre e cansaço são alguns dos sintomas da coqueluche. No primeiro semestre de 2024, diversos países registraram um aumento de casos da doença, que é infecciosa e altamente transmissível, mas que pode ser controlada com vacinação.

Segundo o Centro Europeu de Controle e Prevenção das Doenças (ECDC, na sigla em inglês), somente nos três primeiros meses de 2024, foram registrados na União Europeia mais de 32 mil casos de coqueluche em pelo menos 17 países, frente aos pouco mais de 25 mil registros do ano passado inteiro.

Já o Centro de Prevenção e Controle de Doenças da China comunicou que foram notificados 32.380 casos e 13 óbitos da doença até fevereiro de 2024 em território chinês.

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No Brasil, o Ministério da Saúde registrou neste ano, até 6 de junho, 115 casos da doença. Em 2023, foram 217 na somatória de todo o ano.

O que é a coqueluche?

 

A coqueluche é uma doença infecciosa que afeta as vias respiratórias, causa crises de tosse seca e falta de ar. A doença atinge principalmente bebês e crianças.

É altamente transmissível, já que o contaminado pode infectar outras pessoas através de gotículas da tosse, espirros ou mesmo ao falar. Segundo o Ministério da Saúde, em alguns casos, a transmissão pode ocorrer por objetos recentemente contaminados com secreções de pessoas doentes, mas isso é pouco frequente.

Tosse seca e mal-estar

 

Segundo o Ministério da Saúde, os sintomas podem se manifestar em três níveis:

  • No primeiro, podem ser parecidos com os de um resfriado, com mal-estar geral, corrimento nasal, tosse seca e febre baixa. Eles podem durar por semanas.
  • No segundo estágio, a tosse piora.
  • Já no terceiro nível, a tosse é tão intensa que pode comprometer a respiração, além de causar vômitos e cansaço extremo.

 

Geralmente, os sintomas duram entre seis e 10 semanas, podendo durar mais tempo, conforme o quadro clínico e a situação de cada caso.

A maioria das pessoas consegue se recuperar da doença sem maiores complicações ou sequelas. Contudo, nas formas mais graves, podem ocorrer quadros mais severos, com complicações como infecções de ouvido, pneumonia, parada respiratória, desidratação, convulsão, lesão cerebral e morte.

E como prevenir?

 

A melhor forma de prevenção é a vacinação, disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) para crianças até 6 anos, gestantes e profissionais da saúde.

A vacina pentavalente é indicada no primeiro ano de vida do bebê, em um esquema de três doses (aos dois, quatro e seis meses de idade) em um intervalo recomendado de 60 dias entre as doses. Em seguida, é preciso administrar doses de reforço aos 15 meses e aos 4 anos.

A penta previne contra cinco doenças: difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e influenza B.

No ano passado, a cobertura da vacina ficou em 84,11%, abaixo dos 95% que é a meta anual para esse tipo de imunização.

(Fonte:G1)