Correio de Carajás

Contra golpes, Telegram libera contas oficiais para concederem verificação

Novidade é mais uma das mudanças implementadas pela empresa após a prisão de seu CEO, que enfrentou acusações de contribuir para crimes como abuso sexual infantil e tráfico de drogas devido à falta de colaboração do Telegram com investigações.

Foto: Reprodução

O Telegram anunciou a criação de um selo azul exclusivo que permitirá que “serviços oficiais de terceiros” verificados aprovem o selo para outras contas na plataforma.

Com a novidade, em vez de o Telegram conceder o selo de verificação, contas já verificadas poderão “aprovar” o selo azul para outros usuários e grupos.

O mensageiro já oferece verificação para figuras públicas, como artistas e famosos, e também para empresas. Segundo a empresa, o novo recurso complementa essas opções de verificação já disponíveis.

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“Serviços oficiais de terceiros agora podem atribuir ícones de verificação adicionais às contas de usuários e conversas. Esse sistema descentralizado auxiliará na prevenção de fraudes e na redução da desinformação”, disse a empresa.

Como fica a identificação

 

Selo personalizado concedido por empresas já verificadas no Telegram — Foto: Divulgação/Telegram
Selo personalizado concedido por empresas já verificadas no Telegram — Foto: Divulgação/Telegram

Usuários e grupos verificados por uma conta oficial receberão um selo personalizado, como um livro, um vegetal ou um ícone de texto, que aparecerá na frente do nome.

“Apenas o Telegram pode atribuir o selo de verificação oficial aos chats. Os verificadores de terceiros usam ícones completamente diferentes”, explica a empresa em sua política de verificação.

Ao acessar o perfil dessa conta, o Telegram mostra um breve texto explicando o motivo da verificação e quem aprovou o selo.

A mudança, justificada como uma medida para combater golpes e desinformação, ocorre alguns meses após o CEO do app, Pavel Durov, ter sido preso sob a alegação de que o Telegram se recusa a colaborar com investigações, o que contribui para crimes como abuso sexual infantil, tráfico de drogas e fraude na plataforma.

Após a prisão do CEO, a empresa atualizou seu FAQ, informando que, a partir daquele momento, passaria a moderar conteúdos nos grupos.

No dia 4 de setembro de 2024, em resposta à pergunta “Há conteúdo ilegal no Telegram. Como faço para retirá-lo?”, a empresa afirmava: “Todos os bate-papos do Telegram e bate-papos em grupo são privados entre seus participantes. Não processamos nenhuma solicitação relacionada a eles”.

Já no dia 6 de setembro, a resposta foi alterada para: “Todos os aplicativos do Telegram têm botões ‘Denunciar’ que permitem sinalizar conteúdo ilegal para nossos moderadores – com apenas alguns toques”.

(Fonte:G1)