Na manhã desta terça-feira, 11, a Reportagem do CORREIO participou da abertura das propostas de preço dos dois consórcios que chegaram à reta final e concorrem para realizar a construção da nova ponte sobre o Rio Itacaiunas, em Marabá.
O consórcio Ponte Itacaiunas, formado pela A Gaspar e Arteleste, foi o que ofereceu o menor valor, de R$ 103.890.195,36. Atualmente, o grupo está executando a obra da ponte de 1.727 metros, que liga os municípios de São Geraldo do Araguaia e Xambioá, e tem previsão de conclusão ainda em 2023.
Além disso, Fernando Martins, representante das empresas, conta que o consórcio está com obras na Rodovia Transamazônica, no Pará, executando mais de 30 pontes. Curiosamente, a mesma A Gaspar foi quem construiu a primeira ponte sobre o Rio Itacaiunas, em Marabá, em 1981. “Caso a gente seja declarado vencedor, tão logo a gente receba a ordem de serviço por parte da Prefeitura de Marabá, vamos dar celeridade para instalar o canteiro de obras e iniciar os trabalhos”, garantiu.
Leia mais:Já o consórcio PFS ofereceu em sua proposta o valor de R$ 106.996.653,49. Composto por uma empresa paulista e outras duas paraenses, o representante e engenheiro civil Luís Gustavo Mota Melo afirma que as empresas realizam muitas obras na região de Belém.
“No entanto, a SPE já construiu, dentro de Marabá, mais de 30 pontes, de pequeno porte”, disse Luís Gustavo.
Segundo Franklin Carneiro da Silva, presidente da Comissão Especial de Licitação da Prefeitura de Marabá, a Secretaria de Obras tem dado máxima urgência e total prioridade para que essa obra possa iniciar ainda no primeiro semestre de 2023.
O presidente da CEL lembra que na primeira fase da licitação três consórcios se inscreveram. Contudo, um deles foi desabilitado por falta de acervo técnico e documentação.
“O próximo passo foi abrirmos a proposta dos dois consórcios restantes. Agora, o processo será encaminhado para o setor de Engenharia da Secretaria Municipal de Obras, para ser feita a análise técnica das propostas e, posteriormente, vai ser anunciado o resultado. Se estiver tudo certo com a empresa que deu o menor valor, ela é confirmada e declarada vencedora”, detalha Franklin, afirmando que o próximo passo, a partir daí, é conceder a ordem de serviço para a execução da obra.
Aliás, a ordem de serviço deve ser dada pelo prefeito de Marabá, Tião Miranda, em uma cerimônia ao lado do governador do Estado, Helder Barbalho, que repassou, inicialmente, um valor de R$ 25 milhões para a construção da ponte e a garantia de outros R$ 25 milhões oportunamente.
Questionado pelo CORREIO sobre a exigência de contratação da mão de obra local para a obra – assim como a Prefeitura e a Câmara Municipal fizeram com a Vale para a construção das duas novas pontes sobre o Rio Tocantins – Franklin afirma que não existe essa cláusula para obrigar esse tipo de contratação.
“No edital consta a utilização de 5% de mão de obra de egressos do sistema penal e 15% de mão de obra de menor aprendiz”, finaliza.
Conforme já anunciado à reportagem do COREIO pelo secretário municipal de Obras, Fábio Moreira, as obras de acesso nas duas cabeceiras da ponte do Itacaiunas não foram licitadas neste pacote, o que deve ocorrer do meio para o fim da obra. Ela está avaliada em torno de R$ 15 milhões, pelo que levantou a reportagem. (Ana Mangas e Ulisses Pompeu)