📅 Publicado em 13/08/2025 16h24✏️ Atualizado em 13/08/2025 17h15
Nesta quarta-feira (13), o Conselho Tutelar de Marabá respondeu ao Correio de Carajás sobre o caso do recém-nascido encontrado na Rua Rio Grande do Sul, núcleo Cidade Nova, na tarde de terça-feira (12). A reportagem havia procurado o órgão quando o caso foi registrado.
A criança, vítima de abandono de incapaz, está saudável e foi entregue em segurança à avó materna após uma ação integrada da rede de proteção à criança e ao adolescente.
Na terça-feira, a Polícia Militar informou ao Correio de Carajás que a equipe policial acionou o Conselho Tutelar assim que o bebê foi encontrado, mas que nenhum conselheiro teria ido até o local.
Leia mais:Contudo, segundo a conselheira Francicleia Santana, o caso, que gerou comoção na cidade, foi acompanhado pela entidade desde o início.
Ela explicou que a ocorrência foi inicialmente comunicada ao conselheiro Adnon Athier, que, diante da gravidade, pediu o apoio da conselheira.
Ela acionou imediatamente o veículo do Conselho, que estava em outra localidade, enquanto o conselheiro orientava a Polícia Militar, por telefone, sobre os procedimentos a seguir.
Conforme o protocolo, o Samu foi chamado e todos seguiram para o Hospital Materno Infantil (HMI). “Nossa equipe chegou ao hospital antes do Samu e iniciou o atendimento junto com a equipe médica e uma assistente social, garantindo prioridade no cuidado ao bebê”, relata a conselheira.
Ela esclareceu, ainda, que em casos assim, a prioridade é levar a criança para atendimento médico, independentemente de quem chegue primeiro ao local: “Para nós e para a lei, o mais importante é socorrer a vítima. Quem da rede de proteção estiver mais próximo deve garantir a locomoção ao hospital”, disse.
No HMI, o recém-nascido fez todos os exames necessários. Enquanto isso, os conselheiros buscavam mais informações sobre o caso e providenciavam uma cuidadora para acompanhar o bebê. Ao confirmarem que ele estava saudável e fora de risco, deu início a busca por familiares próximos.
A avó materna foi localizada e, segundo Francicleia, ficou em choque ao saber, naquele momento, que a filha estava grávida. Com base no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que garante a prioridade da proteção integral e o direito à convivência familiar, o Conselho decidiu entregar a criança aos cuidados da avó.
Todos os procedimentos foram formalizados e o caso foi comunicado ao Ministério Público do Pará (MPPA). Paralelamente, por se tratar de um crime, a Polícia Civil segue com os procedimentos para responsabilizar a mãe da criança.