Imagina chegar em um salão para fazer as unhas e ser atendida por um homem. Com as mãos firmes, porém suaves, o marabaense Mateus Souza, de 22 anos, atende uma gama de clientes fieis que estão em busca de alongamento de unhas.
O apreço pela profissão começou no início de 2020, um pouco antes da pandemia, quando ele decidiu entrar no ramo das unhas. “Já fazia maquiagem e sobrancelha no salão da minha tia. Até que decidi fazer unha. O começo nunca é fácil, mas eu não desisti”, diz o manicuro.
Hoje especialista em nail designer (termo em inglês que significa desenhar unhas. Ou seja, cuidam da estética e aparência das unhas, especializando em formatos, alongamentos e decorações diferentes), Mateus explica que atualmente só trabalha com alongamentos.
Leia mais:“Não compensa trabalhar com unha normal”, diz, afirmando que no início começou com as unhas mais simples.
“Nunca tinha feito unha. Enfiei a cara e fui arranjando as primeiras clientes. Foi tudo devagar. Fui crescendo aos poucos, investindo em cursos, aprendendo novas técnicas e hoje tenho uma agenda lotada, graças a Deus”.
Mateus divide o espaço – um salão localizado na Avenida Antônio Vilhena, Bairro Liberdade – com o companheiro Lucas, que recentemente também se profissionalizou como nail designer.
“No começo de tudo, meu marido me incentivou pra gente montar um salão na sala da nossa casa. As coisas foram melhorando, fui investindo em cursos, aprimorando minhas técnicas e hoje alugamos esse espaço. Lucas está trabalhando há dois meses. Ele tem as clientes dele e eu as minhas”, conta.
Eduarda Ibiapino, 23 anos, é amiga de Mateus desde antes dele virar manicuro. E conta que ficou muito feliz em saber da profissão do amigo. “Sou uma cliente fiel. Só ele cuida das minhas unhas. Mateus trabalha de uma forma impecável”, afirma.
O sucesso de Mateus é tanto que a agenda vive lotada. E ele afirma que não atende mais clientes diariamente porque o tempo é curto.
“Atendo cinco clientes todos os dias. Se quisesse colocava mais. Mas, eu marco em média de 2 a 3 horas pro cliente porque é um processo demorado do alongamento. E aí ainda tem um intervalinho entre as clientes pra dar uma esticada no corpo, lanchar”.
Com a agenda lotada o bolso acaba dando uma engordada. Mateus conta que dá pra viver muito bem com o trabalho de designer de unhas. Ele e o marido pagam aluguel da casa, do salão, das despesas pessoais e profissionais, investem em cursos e ainda sobra um pouco pra se divertir
“Trabalhamos muito. Agora no mês de dezembro atenderemos todos os domingos”, conta.
Além do trabalho no salão, Mateus ministra cursos de nail designer para quem está querendo iniciar no ramo.
Ele conta que desde julho deste ano mais de 45 alunas já se formaram com ele em Marabá.
“Fico muito feliz de repassar meu conhecimento e ver todas elas trabalhando após o curso”, finaliza. (Ana Mangas)