A Polícia Civil investiga quem está falando a verdade entre Cleiton dos Santos Pereira e Gil Pereira do Nascimento Filho. O primeiro pode vir a ser processado criminalmente por roubo, enquanto o segundo pode ser acusado de falsa comunicação de crime.
Tudo começou quando Gil apareceu na 21ª Seccional Urbana de Polícia Civil, na Folha 30, no Núcleo Nova Marabá, na manhã de domingo (26). Por volta das 8 horas, ele registrou boletim de ocorrência afirmando que, pouco antes, às 6h30, estava andando pela Folha 34 quando um homem moreno, baixo e careca avançou em sua direção e o empurrou.
Gil afirma que caiu e começou a receber chutes dessa pessoa, que em seguida roubou seu aparelho celular, levando também sua CNH. Ainda de acordo com Gil, o homem correu para dentro de uma casa nas proximidades.
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Poucas horas depois, por volta das 10h30, a Polícia Militar deteve o suspeito de ser o assaltante. Cleiton dos Santos Pereira foi apresentado na mesma Delegacia de Polícia Civil onde foi denunciado por Gil.
Segundo o boletim de ocorrência registrado nesta situação, Gil acionou os policiais e informou que o suposto assaltante estaria no mesmo local onde o crime ocorreu, em frente a um hotel.
Os militares então seguiram para o endereço e localizaram o aparelho celular e a CNH em posse de Cleiton. Além disso, Gil fez o reconhecimento dele como sendo o criminoso.
VERSÕES DIFERENTES
Ao prestar depoimento, contudo, Cleiton apresentou uma versão diferente para os fatos. Conforme ele, na madrugada daquele dia, estava acompanhado de um grupo de pessoas, se divertindo e consumindo substâncias entorpecentes.
Gil estaria junto do grupo e pedindo dinheiro para comprar drogas. Para isso, afirma Cleiton, ele estaria oferecendo vender o próprio aparelho celular e um par de tênis.
Cleiton diz que decidiu emprestar R$ 50 para Gil e que o celular e o documento foram entregues a ele como garantia de que esse valor seria devolvido.
Ainda conforme Cleiton, algum tempo depois, pela manhã, Gil retornou ao local para buscar o aparelho celular, mas não levou o dinheiro para pagar o “resgate” do aparelho. Ele teria dito que queria o equipamento apenas para fazer uma ligação, mas quando o pegou saiu correndo.
Cleiton diz que algumas das pessoas que estavam no local correram atrás de Gil e pegaram o aparelho celular de volta. Gil foi embora e o grupo continuou no local até quando a Polícia Militar chegou e encontrou o celular e o documento em posse de Cleiton, que garante à Polícia Civil que o assalto narrado por Gil nunca ocorreu.
(Da Redação – com informações da Polícia Civil)