Correio de Carajás

Confiança da indústria tem primeira alta desde maio

O Índice de Confiança da Indústria (ICI) avançou 0,2 ponto em novembro de 2018, passando para 94,3 pontos, na primeira alta desde maio deste ano. O indicador foi divulgado hoje (29) pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre – FGV).

O avanço foi pressionado pela alta do Índice de Situação Atual (ISA), que após três meses de quedas consecutivas cresceu 1,3 ponto em novembro, fechando o mês em 94,2 pontos.

Já o Índice de Expectativas (IE) permanece em queda, tendo recuado 1 ponto em relação a outubro, caindo para 94,5 pontos, o menor desde julho do ano passado (94,1)

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Melhora

Segundo a FGV, o movimento de alta do ISA foi resultado da melhora de 11 dos 19 segmentos pesquisados.A queda na expectativa foi concentrada em 6 dos 19 segmentos. Em termos agregados, houve alta da confiança em 14 dos 19 segmentos industriais pesquisados.

Para a coordenadora da Sondagem da Indústria da Fundação, Andressa Durão, a melhora da confiança da indústria, de outubro para novembro, reflete a retomada da tendência de alta, interrompida no segundo trimestre.

“A melhora da confiança em novembro, disseminada por quase 75% dos segmentos industriais, reflete a redução da incerteza com o fim do período eleitoral e sinaliza início da retomada da tendência de alta interrompida no segundo trimestre do ano, que se confirmará com as primeiras medidas do novo governo a partir do início do ano que vem”, disse.

Principais influências

Os indicadores que avaliam a situação atual dos negócios e o nível de demanda foram as principais influências no avanço do Índice de Situação Atual em novembro, ambos com aumento de 2,0 pontos.

“O percentual de empresas que avaliam a situação atual como boa permaneceu estável, em 11,8%, e das que avaliam como ruim caiu de 24,9% para 20,0%. Quanto ao nível de demanda, houve queda na parcela de empresas que a avaliam  como forte, de 7,9% para 7,7% e queda nas que a consideram fraca, de 26,3% para 22,9%.”

Segundo a FGV, a expectativa dos empresários sobre a produção nos próximos três meses influenciou a queda do indicador  no mês: O Indicador de Expectativa caiu de 5,5 pontos para 87,5 pontos, o menor nível desde maio de 2016 (80,1 pontos) e acumula uma perda de 20,8 pontos nos últimos quatro meses.

O levantamento constatou que o nível de utilização da capacidade instalada (NUCI) recuou 1,2 ponto percentual em novembro, para 75,2%, o menor nível desde os 74,7 pontos de janeiro deste ano.

A edição de novembro de 2018 coletou informações de 1.090 empresas entre os dias 01 e 26 deste mês. (Agência Brasil)