Um ataque hacker no site do Ministério da Saúde derrubou nesta sexta (10) o acesso à plataforma Conecte SUS, que fornece o certificado nacional de vacinação da covid-19.
O comprovante de imunização, no entanto, pode ser emitido por aplicativos dos governos estaduais e prefeituras. Também é possível apresentar a versão física do comprovante, já que nem todos os estados criaram plataformas próprias para a emissão.
Um levantamento feito pela CNM (Confederação Nacional dos Municípios) no fim de setembro identificou que ao menos 249 cidades brasileiras já exigiam a apresentação do documento para a frequência em espaços públicos.
Leia mais:Em estados como Ceará, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, São Paulo, é possível obter o certificado digital em aplicativos ou sites criados pelas secretarias estaduais de Saúde.
Em outros, como Rio de Janeiro e Santa Catarina, não há emissão do certificado pelo governo estadual, mas há iniciativas de algumas prefeituras. É o caso da prefeitura do Rio, de Niterói e de Florianópolis.
O certificado tem sido exigido de formas diferentes pelo país. Em alguns locais, como no Rio, o documento é exigido para frequentar academias e clubes. Em São Paulo, é exigido em bares e eventos.
Mesmo em estados e municípios que não estenderam a exigência para todos os estabelecimentos públicos, alguns locais passaram a cobrar o documento em suas dependências. É o caso do Tribunal de Justiça e do Ministério Público de São Paulo, além de instituições de ensino, como a USP.
Em nota, na manhã desta sexta, o Ministério da Saúde disse que o ataque “comprometeu temporariamente alguns sistemas da pasta, como o e-SUS Notifica, Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunização (SI-PNI), ConecteSUS e funcionalidades como a emissão do Certificado Nacional de Vacinação Covid-19 e da Carteira Nacional de Vacinação Digital.
A pasta disse ainda que o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e a Polícia Federal já foram acionados e que o Departamento de Informática do SUS (Datasus) procura reestabelecer as plataformas. O ministério não deu previsão de retorno.
O problema no Ministério da Saúde ocorre em um período de pressão contra o governo federal pelo controle mais rígido das fronteiras, após a descoberta da variante ômicron do coronavírus. O governo Bolsonaro, no entanto, decidiu exigir apenas uma quarentena de cinco dias de viajantes não vacinados que entrarem no Brasil. A regra passa a valer neste
(Fonte: Valor)