Circula nas redes sociais desde domingo (26) um vídeo em que um agente da Guarda Municipal (GM) de Marabá teria agredido um condutor durante uma Blitz. Pois bem, o caso foi parar na delegacia, por meio de Boletim de Ocorrência Policial lavrado pela vítima, Rogério Barbosa de Brito. Além do BO, ele foi submetido a exame de corpo de delito e exige Justiça para o caso. “Eles pensam que podem bater na cara de qualquer um”, desabafa.
Ouvido pela reportagem da TV CORREIO, Rogério contou que foi parado em uma Blitz do Departamento Municipal de Trânsito e Transporte Urbano (DMTU) no Bairro Novo Horizonte. Ele disse que lhe pediram os documentos da moto, que estavam atrasados. Até aí o procedimento seguiu de forma normal.
Rogério lembra que foi informado que seu veículo seria recolhido, momento em que perguntou se tinha como telefonar para seu pai tentar resolver a situação. O rapaz admite que colocou a mão no guidom da moto, foi aí que a situação descambou para a violência.
Leia mais:Segundo ele, no momento em que tocou na moto, levou um tapa na mão, desferido por um agente da Guarda Municipal da equipe que prestava apoio na Blitz. Mas isso foi só o começo. “Aí o outro já veio por trás e me deu um tapa na cara, que arrancou meu brinco. À noite eu comecei a sentir dor de ouvido, meu maxilar começou a doer e já fui até no hospital, onde me pediram Raios X”, relata.
O condutor diz que nunca tinha passado por uma situação dessa. Ele diz que foi colocado contra a parede e o xingaram, como inclusive aparece no vídeo. “Eu me senti humilhado demais, acuado, me jogaram na parede como se eu fosse um bandido”, reclama.
Por outro lado, Rogério fez questão de deixar claro que os agentes do DMTU agiram o tempo todo de forma civilizada, como é recomendado aos agentes públicos fazerem. Relatou inclusive que um dos agentes o orientou para procurar seus direitos, assim como uma pessoa que filmou as agressões também se prontificou a testemunhar a seu favor, conforme descrito no Boletim de Ocorrência.
O outro lado
Também ouvido pela reportagem, o inspetor Wiliscley Leão, da Guarda Municipal, disse não ter recebido denúncia formal e tampouco teve acesso às redes sociais, pelo menos não até o final da manhã de ontem (27). Mas ele afirmou eu iria apurar os fatos.
O inspetor observa que, pelas filmagens a que teve acesso por meio da reportagem deste CORREIO, não fica exatamente claro se houve alguma agressão. Porém deixou claro que iria convocar todos os que estavam de trabalho para ouvir a versão deles sobre a grave denúncia. “Eu sempre falo que só quem está na ocorrência é quem pode explicar o que realmente aconteceu”, afirma Leão.
(Chagas Filho e Gecelha Sobreira/TV Correio)