Correio de Carajás

Condim coloca em prática, na Orla, a lei “Somos Todos Maria da Penha”

Membras do Condim se reuniram para colar cartazes da campanha em estabelecimentos da Orla / Foto: Zeus Bandeira

O fim da tarde de quarta-feira, 2 de setembro, foi marcado por conscientização na Orla Sebastião Miranda Filho, quando um grupo de mulheres do Conselho Municipal de Defesa dos Direitos da Mulher (Condim) se reuniu por volta das 17 horas para colocar em prática a Lei nº 17.905, que prevê a fixação de um cartaz com os números dos canais de atendimento à mulher em locais com amplo fluxo de pessoas.

A presidente em exercício do Condim, Kellen de Almeida, explica que essa iniciativa visa coibir a desenfreada hostilidade que afeta mulheres de variadas classes sociais. “O Condim fez uma sugestão ao nosso prefeito, Tião Miranda, que acatasse a ideia dos cartazes que já é aplicada em vários outros municípios, e o projeto de lei foi aprovado na Câmara Municipal de Marabá, já passando a valer para todos os estabelecimentos”, explica Kellen.

Nos cartazes há os números de telefones para denunciar a violência contra a mulher / Foto: Zeus Bandeira

Devido à pandemia do novo coronavírus, somente em agosto a campanha pôde ser colocada em prática, começando pelos supermercados e farmácias, e agora em setembro inicia a etapa dos estabelecimentos noturnos como bares e restaurantes, além de academias. O conselho decidiu iniciar a colagem dos cartazes pela Orla.

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“Entendemos que em nenhum lugar a mulher está segura. Em todo tipo de ambiente ela está sujeita a qualquer tipo de violência, seja física ou verbal. Percebemos, por exemplo, que durante o isolamento domiciliar, muitas delas sofreram mais ainda com agressões cometidas pelos companheiros, e isso preocupa”, alerta Kellen.

A ação passou por diversos estabelecimentos, com dialogo e conscientização / Foto: Zeus Bandeira

Nos cartazes há o nome da campanha “Somos Todos Maria da Penha”, com o número da lei e os telefones do Disque Denúncia (94) 3312-3350, 180, e 190. Na ação, as mulheres passaram por diversos estabelecimentos, dialogando com os proprietários e explicando sobre a lei.

“Pedimos essa colaboração das empresas, que também não toleram as violências contra as mulheres, para que elas se sintam seguras ao adentrar esses estabelecimentos. Quando uma mulher vê o cartaz da lei, ela sabe que ali pode contar com apoio”, acrescenta Kellen.

Ronaldo relata já ter presenciado inúmeras cenas de violência contra a mulher na Orla / Foto: Zeus Bandeira

Para Ronaldo Ferreira, gerente de um restaurante localizado na Orla, a iniciativa é importante e louvável, pois transmite mais segurança para as mulheres. “Já presenciei muitas brigas na Orla em frente nosso restaurante, principalmente de casais, onde a mulher era ameaçada e agredida. Com esses cartazes poderemos acionar os órgãos responsáveis rapidamente”, avalia Ronaldo. (Zeus Bandeira)

Acesse a Lei nº 17.905.