Francisco Leite da Silva foi preso pela Polícia Civil (PC) de Marabá após informações de que ele estava sendo procurado pela justiça. De acordo com a polícia, ele chegava em sua residência, localizada na BR-155, próxima ao parque de exposições, quando a ação foi realizada.
O mandado de prisão contra Francisco data de setembro de 2022, entretanto, o crime cometido por ele aconteceu em novembro de 2004, em Ulianopolis (a 390 quilômetros de Belém). A condenação é por homicídio qualificado e roubo e a pena imposto a ele chega a 70 anos e três meses de prisão.
Durante a abordagem policial o acusado estava em um Volkswagen Fox e se recusou a sair do veículo. Além disso, apresentou documentos falsos às autoridades de segurança, com dados semelhantes aos verdadeiros. Seu nome, por exemplo, tinha o sobrenome invertido: “Silva Leite”.
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Com Francisco foram apreendidos R$ 4.400 em espécie e um cheque no valor de R$ 2.600. Por ser considerado de alta periculosidade, e por ter dificultado a ação policial, ele foi encaminhado algemado para a 21ª Seccional de Polícia Civil para os procedimentos cabíveis.

O CRIME
Em 27 de novembro de 2004, após receber uma ligação por volta das 18h30, na Praça Almir Gabriel, em Ulianópolis, o acusado atirou diversas vezes na cabeça da vítima, Silvério José Lourencine, sem chance de defesa. De acordo com informações que constam na ação penal, o crime teria sido encomendado por motivações políticas e os mandantes seriam pessoas influentes da região.
“(…) os supostos mandantes do delito (Lindomar, Marta e Davi) são detentores de expressivo poder econômico e estreito vínculo político local e regional, sendo a “Família Resende” muito influente e intimidadora, representando verdadeiro temor na sociedade e, consequentemente, nos jurados, prejudicando sua imparcialidade”, narra o documento acerca da encomenda do crime. (Luciana Araújo)