A privacidade é uma das mais pertinentes questões da era tecnológica. O século XXI tem trazido muitas questões sobre a forma como a mídia social promove a exposição dos indivíduos e modela os seus comportamentos. Venha saber como a mídia social pode influenciar a privacidade.
Há alguns anos atrás, a ideia de que iríamos expor até as mais pequenas situações do nosso dia iria parecer estranha. Hoje, de forma mais ou menos natural, quase todos o fazemos através da mídia social.
O mundo digital veio facilitar o acesso à tecnologia. Novos dispositivos e novas aplicações foram criadas, melhoradas e substituídas num espaço de tempo mínimo e continuam a surpreender com a sua evolução.
Hoje, a extensão do braço humano é o celular e a mídia social é uma parte muito importante do dia das pessoas, que vivem conectadas à Internet, numa permanente luta pelo acompanhar das notícias e das tendências.
Uma alteração tão significativa no modo de vida das pessoas não poderia ter deixado de impactar – de forma positiva e negativa – nas suas experiências do mundo. E, se o lado mais positivo é fortemente aclamado, principalmente por quem defende o mundo digital; a verdade é que o lado mais nocivo da tecnologia é justamente o que mais tem preocupado especialistas e motivado estudos antropológicos, sociológicos, na área da saúde e da psicologia.
De fato, o digital, em geral e mais concretamente as redes sociais têm feito com que nos habituemos e normalizemos a exposição individual nos mídia. Isto poderá impactar na privacidade e na individualidade de cada um. Venha saber como:
Preocupações do século XXI sobre a privacidade
Nas televisões, encontramos os reality shows e, na vida real, encontramos câmaras de vigilância em quase todos os locais que frequentamos e começam a surgir propostas como o sistema de crédito social chinês. Estas questões levaram, evidentemente, a uma maior preocupação com o direito à privacidade num século onde o olhar sobre as nossas ações parece mais intenso do que nunca.
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Muitos estudos têm olhado estas questões para compreender como o comportamento humano pode ser alterado e quais os efeitos dessa mudança no indivíduo que sabe que está a ser filmado ou observado pelos demais.
Além disto, no entanto, os estudos também enfatizam a necessidade de exposição das pessoas na era digital, nomeadamente através das redes sociais, como o Facebook, o Twitter ou o Instagram.
A mídia social e a privacidade
Muitos estudos têm demonstrado que existe, hoje, principalmente por parte das camadas mais jovens da população, uma necessidade maior do que nunca de expor a sua vida e a sua imagem na mídia social.
A necessidade de acompanhar os pares, bem como a sensação de invisibilidade e o desejo de integração são alguns dos fatores que motivam os jovens do século XXI a mostrarem-se mais nas redes sociais.
Além de ser nocivo para a individualidade – na medida em que existe uma tendência para a normatização do “eu” face às tendências – esta voluntária exposição acaba por modelar os dias dos jovens, que abdicam da sua privacidade e tentam viver uma vida que considerem mais interessante, para obter um maior número de reações e de seguidores. (Artigo Enviado/Agência Biquara Contents)