Com abertura marcada para a manhã desta quinta-feira (14), a Copa do Mundo de 2018 já vem movimentando o comércio marabaense há algumas semanas. Além de bares enfeitados e com programação diferenciada para a clientela, os lojistas também têm investido na decoração e nos produtos em verde e amarelo para aumentar a lucratividade no mês de junho. De acordo com vendedores entrevistados pela reportagem do CORREIO nesta quarta (13), os itens de vestuário estão vendendo mais do que adereços e artigos de decoração.
Gerente em uma loja de roupas populares na Marabá Pioneira, Adriano Pinheiro Neves disse que as vendas aumentaram significativamente na última semana, fato que atribui à proximidade do mundial. Segundo ele, quando o assunto “copa” começou a surgir na cidade, a população se conteve, devido ao desempenho apresentado pela seleção em 2014. “Mas agora que está próximo, estão comprando mais”, observa. No estabelecimento que gerencia, os conjuntos infantis e camisas masculinas são os mais vendidos.
“Nós estamos bastante preparados, com produtos para a Copa do Mundo, como camisas masculinas, femininas, infantis e conjuntos, e com o melhor preço e variedade da cidade”, diz, confirmando que os preços desses itens variam entre R$10 e R$70. No entanto, esse não é o único estabelecimento que oferece opções de roupas para usar durante os jogos do Brasil.
Leia mais:Na Avenida Antônio Maia, é possível encontrar blusas, regatas e até shorts com as cores da seleção a partir de R$7,99. Conforme a vendedora Evelin Silva, na loja em que trabalha a procura e venda de produtos relacionados ao Mundial têm crescido nos últimos dias.
Aproveitando o preço bom, Raica Pereira de Sousa procurou a loja mais próxima para garantir o uniforme da família. “Está chegando a Copa e a expectativa é que o Brasil ganhe o hexa ese ano”. Ela conta que sempre torce pela seleção vestida com a camisa do time e que este ano os produtos estão bons e de qualidade.
De todos os lojistas ouvidos pelo Jornal, apenas Alzenira Pereira Lima – proprietária de um comercial de produtos de decoração e acessórios – não parecia muito animada com a chegada da Copa. “Eu não me preparei, temos um estoque, mas creio que, conforme a realidade, vou correr atrás de mais itens. Mas [os clientes] não estão com essa motivação toda”, afirma.
Ela acrescenta que é preciso observar o comportamento dos consumidores nos próximos dias para saber se vale a pena acionar os fornecedores. “Esse ano, a gente vê uma mudança grande, não tem a alegria do povo, a manifestação de organizar as ruas, todo mundo está desmotivado”, opina.
Pesquisa
Embora muitos lojistas demonstrem otimismo nas vendas, pesquisa realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) revela que somente 24% das família brasileiras têm intenção de consumir itens relacionados à Copa do Mundo de 2018. No último mundial de seleções, o percentual de intenção de compra era de 50,1%.
O levantamento foi feito em todas as capitais e regiões metropolitanas, somando 18 mil entrevistados. O estudo aponta que os produtos mais procurados deverão ser: alimentos e bebidas (9,9%), itens de vestuários masculino, feminino e infantil (7,5%) e aparelhos televisores (4,3%).
Das pessoas que vão comprar algo relacionado a Copa, a maioria (51,6%) deverá gastar pelo menos R$ 200,00, enquanto 39,2% disseram que pretendem gastar mais de R$ 300,00. A mesma pesquisa mostra também que 36,3% das famílias belenenses têm intenção de gastos, principalmente com itens de vestuário masculino, feminino e infantil (19,4%). (Nathália Viegas com informações de Josseli Carvalho)