O comércio de Parauapebas já começa a abrir vagas para contratações temporárias de final de ano. A previsão do Sindicato dos Trabalhadores do Comércio de Parauapebas (Sintracpar) é que sejam geradas cerca de 4% de vagas a mais que as ofertadas no ano passado.
Apesar da oportunidade de emprego, o presidente do Sintracpar, Adenilton Alves de Freitas, destaca que muita gente não está se interessando pelas vagas devido às novas normas para trabalho temporário especificadas na reforma trabalhista, que passou a vigorar no dia 11 de novembro do ano passado.
Leia mais:Ele observa que pelas novas normas, o trabalhador passa a ganhar por dias e horas trabalhadas. Muitos, nesse sistema, não conseguem somar no final do mês nem o valor de um salário mínimo, sem contar que em cima desse valor ainda tem que pagar o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), que por esse modelo trabalhista é pago pelo empregado e não pelo empregador.
Isso acaba não motivando o trabalhador a ocupar essas vagas. “Os trabalhadores recusam essas vagas por esse motivo. A reforma trabalhista, que veio com a justificativa de gerar mais emprego, foi ruim para o trabalho intermitente”, diz o sindicalista.
Adenilton observa que o comércio de Parauapebas, por conta disso, tem optado por contratações fechadas de 30 ou 45 dias para o trabalhador temporário. Nesse caso, explica, a empresa vai ao Sintracpar e é feito uma minuta, de acordo com a legislação trabalhista para trabalho temporário, especificando o número de trabalhador que empresa quer contratar.
No contrato, o trabalhador tem a carteira assinada, mas fica especificado que o trabalho é por aquele período, de 30 ou 45 dias. Alguns desses funcionários que se destacam, acabam sendo efetivados, frisa.
Em temos gerais, Adenilton diz que as previsões de vendas e postos de trabalho abertos neste final de ano são otimistas, com uma meta de que seja melhor que 2017. Segundo ele, os setores lojistas e de supermercados são os que mais estão ofertando vagas, justamente apostando em volume de vendas superior ao ano passado.
O sindicalista também faz projeções otimistas para 2019 para o comércio de Parauapebas. De acordo com ele, alguns projetos na área de mineração estão previstos para o município e isso geralmente aquece outros setores, como a construção civil, que viveu uma crise a partir de 2016, de bens de serviço, assim como o comércio em geral.
“A expectativa é boa para o ano que vem e esperamos que isso se concretize, porque são postos de trabalho que abrem no município”, frisa Adenilton. (Tina Santos – com informações de Ronaldo Modesto)