A Polícia Militar de Parauapebas divulgou, nesta quarta-feira (10), o balanço das ações desenvolvidas no último ano naquela cidade. Durante 2017, foram retiradas das ruas, por exemplo, 138 armas. Também foram recuperadas 313 motocicletas e três automóveis roubados. Ao todo, 3.249 pessoas foram apresentadas na Delegacia de Polícia Civil por motivos diversos. Foram confeccionados 111 procedimentos por apreensão de entorpecentes e 3.430 boletins de atendimento da Polícia Militar.
Conforme o major Sérgio Pastana, subcomandante do 23º Batalhão de Polícia Militar, sediado em Parauapebas, em todos os anos a Polícia Militar faz o levantamento de todas as operações e que em 2017 o resultado foi considerado positivo. “Pudemos observar que os dados foram bastante satisfatórios, em apreensão de armas e entorpecentes. Em relação aos boletins de atendimento militar conseguimos também elevar os índices de atendimento à sociedade”.
Ele observa que no quesito de armas apreendidas, por exemplo, há uma média de aproximadamente 10 retiradas das ruas mensalmente, considerada muito boa. “A gente pretende aumentar isso com mais ações, com mais operações. Estes dados a gente tabula para que possa mensurar as nossas ações para este ano. Tomamos com base o que já fizemos e a ideia é melhorar e aumentar a produtividade”.
Leia mais:A Reportagem aproveitou a entrevista para questionar acerca do número elevado de adolescentes que estão sendo apreendidos na cidade e sobre a visão da sociedade, a qual acredita que eles são impunes e nada acontece em relação a estas apreensões. “À primeira vista parece que a gente leva o menor para lá (delegacia) e lá ele chega e é solto, mas na verdade não podemos interpretar dessa maneira. Chega a acontecer isso, mas por força da lei, ela que determinar isso. Existe legislação de proteção ao adolescente e temos que entender, acatar e cumprir porque lei existe para ser cumprida”, diz.
Ele ressalta, no entanto, que independente disso a Polícia Militar vai continuar apresentando adolescentes infratores. “Se a gente encontrar alguma situação de infração penal a gente tem que encaminhar, seja adulto ou adolescente. O que acontece é que quando se trata de menor há um plano de ação a se fazer que dá uma conotação de que nada foi feito, mas não é assim. A gente encaminha para a delegacia e de lá, por sua vez, os casos são encaminhados para os órgãos competentes, seja Conselho Tutelar, Ministério Público, responsáveis, enfim. A medida adotada contra um adulto é diferente da adotada contra um menor de 18 anos”, explica.
O subcomandante trata, ainda, da importância de os policiais militares estarem preparados para agirem nestas situações. “Constantemente nos deparamos com situação de adolescente cometendo infrações e delitos e é praticamente comum a gente se deparar. Temos que estar preparados para lidar com isso. Nos deparamos com eles assaltando, traficando ou mesmo cometendo infrações administrativas, como infrações de trânsito, e temos que estar preparados para isso”.
Acrescenta a responsabilidade dos adultos neste contexto, já que muitos acabam aliciando menores para que estes ajam de maneira criminosa. “Ele (adulto) alicia o menor e a culpa acaba ficando em cima deste menor porque aos olhos da sociedade ele não paga por este crime, mas paga, de outra maneira. Nossas leis precisam ser mais rígidas em relação a isso para que estes adultos sejam punidos”.
Por fim, o major falou também sobre a responsabilização das pessoas que praticam atos de linchamento contra suspeitos de crime, em razão de um espancamento a dois suspeitos, irmãos, ocorrido nesta semana no município, e que foram socorridos pela própria Polícia Militar das mãos dos justiceiros.
“Isso é um problema muito sério porque a população às veze enxerga algumas situações da lei como proteção aos bandidos, injustiça, como falta de pulso. Quando uma pessoa é solta, por exemplo, as pessoas não entendem que é a lei. Não é o juiz, não é o delegado, é a nossa Justiça que determina que isso aconteça. A população por vezes não entende, está revoltada e acaba tomando atitude drástica. Não entende que se a pessoa que sofrer o linchamento vir a morrer, as pessoas que praticaram vão responder por homicídio”.
Ele recomenda que caso se depare com a possibilidade de imobilizar um suspeito de crime, que o faça e acione rapidamente a Polícia Militar. “A gente encaminha para os órgãos competentes. Temos justiça e não estamos mais na Idade Média, em tempos de beligerância, de guerra. Somos um povo civilizado e temos que praticar a Justiça, sendo ela branda ou não”.
NÚMEROS
Em 2017, foram:
138 armas apreendidas
313 motocicletas recuperadas
3 automóveis recuperados
3.249 pessoas apresentadas à Polícia Civil
111 procedimentos por apreensão de entorpecentes
3.430 boletins gerais confeccionados
(Luciana Marschall com informações de Ronaldo Modesto)
A Polícia Militar de Parauapebas divulgou, nesta quarta-feira (10), o balanço das ações desenvolvidas no último ano naquela cidade. Durante 2017, foram retiradas das ruas, por exemplo, 138 armas. Também foram recuperadas 313 motocicletas e três automóveis roubados. Ao todo, 3.249 pessoas foram apresentadas na Delegacia de Polícia Civil por motivos diversos. Foram confeccionados 111 procedimentos por apreensão de entorpecentes e 3.430 boletins de atendimento da Polícia Militar.
Conforme o major Sérgio Pastana, subcomandante do 23º Batalhão de Polícia Militar, sediado em Parauapebas, em todos os anos a Polícia Militar faz o levantamento de todas as operações e que em 2017 o resultado foi considerado positivo. “Pudemos observar que os dados foram bastante satisfatórios, em apreensão de armas e entorpecentes. Em relação aos boletins de atendimento militar conseguimos também elevar os índices de atendimento à sociedade”.
Ele observa que no quesito de armas apreendidas, por exemplo, há uma média de aproximadamente 10 retiradas das ruas mensalmente, considerada muito boa. “A gente pretende aumentar isso com mais ações, com mais operações. Estes dados a gente tabula para que possa mensurar as nossas ações para este ano. Tomamos com base o que já fizemos e a ideia é melhorar e aumentar a produtividade”.
A Reportagem aproveitou a entrevista para questionar acerca do número elevado de adolescentes que estão sendo apreendidos na cidade e sobre a visão da sociedade, a qual acredita que eles são impunes e nada acontece em relação a estas apreensões. “À primeira vista parece que a gente leva o menor para lá (delegacia) e lá ele chega e é solto, mas na verdade não podemos interpretar dessa maneira. Chega a acontecer isso, mas por força da lei, ela que determinar isso. Existe legislação de proteção ao adolescente e temos que entender, acatar e cumprir porque lei existe para ser cumprida”, diz.
Ele ressalta, no entanto, que independente disso a Polícia Militar vai continuar apresentando adolescentes infratores. “Se a gente encontrar alguma situação de infração penal a gente tem que encaminhar, seja adulto ou adolescente. O que acontece é que quando se trata de menor há um plano de ação a se fazer que dá uma conotação de que nada foi feito, mas não é assim. A gente encaminha para a delegacia e de lá, por sua vez, os casos são encaminhados para os órgãos competentes, seja Conselho Tutelar, Ministério Público, responsáveis, enfim. A medida adotada contra um adulto é diferente da adotada contra um menor de 18 anos”, explica.
O subcomandante trata, ainda, da importância de os policiais militares estarem preparados para agirem nestas situações. “Constantemente nos deparamos com situação de adolescente cometendo infrações e delitos e é praticamente comum a gente se deparar. Temos que estar preparados para lidar com isso. Nos deparamos com eles assaltando, traficando ou mesmo cometendo infrações administrativas, como infrações de trânsito, e temos que estar preparados para isso”.
Acrescenta a responsabilidade dos adultos neste contexto, já que muitos acabam aliciando menores para que estes ajam de maneira criminosa. “Ele (adulto) alicia o menor e a culpa acaba ficando em cima deste menor porque aos olhos da sociedade ele não paga por este crime, mas paga, de outra maneira. Nossas leis precisam ser mais rígidas em relação a isso para que estes adultos sejam punidos”.
Por fim, o major falou também sobre a responsabilização das pessoas que praticam atos de linchamento contra suspeitos de crime, em razão de um espancamento a dois suspeitos, irmãos, ocorrido nesta semana no município, e que foram socorridos pela própria Polícia Militar das mãos dos justiceiros.
“Isso é um problema muito sério porque a população às veze enxerga algumas situações da lei como proteção aos bandidos, injustiça, como falta de pulso. Quando uma pessoa é solta, por exemplo, as pessoas não entendem que é a lei. Não é o juiz, não é o delegado, é a nossa Justiça que determina que isso aconteça. A população por vezes não entende, está revoltada e acaba tomando atitude drástica. Não entende que se a pessoa que sofrer o linchamento vir a morrer, as pessoas que praticaram vão responder por homicídio”.
Ele recomenda que caso se depare com a possibilidade de imobilizar um suspeito de crime, que o faça e acione rapidamente a Polícia Militar. “A gente encaminha para os órgãos competentes. Temos justiça e não estamos mais na Idade Média, em tempos de beligerância, de guerra. Somos um povo civilizado e temos que praticar a Justiça, sendo ela branda ou não”.
NÚMEROS
Em 2017, foram:
138 armas apreendidas
313 motocicletas recuperadas
3 automóveis recuperados
3.249 pessoas apresentadas à Polícia Civil
111 procedimentos por apreensão de entorpecentes
3.430 boletins gerais confeccionados
(Luciana Marschall com informações de Ronaldo Modesto)