A Polícia Civil pediu a prisão preventiva do comandante do barco que naufragou no Pará. O homem vai responder por dolo eventual pela morte de ao menos 22 pessoas em um naufrágio, informou a Polícia Civil nesta terça-feira (13). Ele segue foragido. A polícia investiga o caso e trabalha com a possibilidade de responsabilizar mais pessoas.
O barco naufragou na quinta-feira (8) e uma pessoa segue desaparecida. As buscas foram retomadas nesta terça-feira. Outras 22 pessoas morreram e 66 sobreviveram, segundo a Segup. A 66ª pessoa que sobreviveu foi informada na segunda (12) após um homem procurar atendimento médico informando que também estava no barco.
O mandado de prisão de Marcos de Souza Oliveira foi expedido no sábado (10), mas o fato só foi divulgado pela Polícia Civil no início da tarde desta terça-feira (13), em entrevista do delegado responsável pelo caso.
Leia mais:Até então, sempre que questionada, a polícia e a Secretaria de Segurança informavam apenas que seguia “investigando o caso por meio de um inquérito policial, com diligências para ouvir testemunhas e levantar maiores informações sobre o ocorrido, inclusive, para localizar os responsáveis pela embarcação”.
Havia expectativa que ele se apresentasse para prestar depoimento, mas segundo a defesa, o suspeito estaria sofrendo ameaçadas e, por isso, ainda não foi depor, segundo o advogado Dorivaldo Belém.
Alguns sobreviventes relataram que os salva-vidas eram velhos e se rasgaram. Questionada sobre a responsabilização do comandante do barco por transportar pessoas sem colete salva-vidas, o advogado disse que a “responsabilidade é compartilhada”: E a responsabilidade de quem entra no barco e não coloca o colete?”, questionou o advogado, sem responder a questionamentos sobre as irregularidades no barco, apontadas pelas autoridades, entre elas navegar de maneira irregular e partir de porto clandestino.
O barco funcionava sem autorização das autoridades e saiu de um porto clandestino. Por isso, segundo as autoridades paraenses, não há lista oficial de passageiros. O governo do Pará não divulgou nomes das vítimas, nem dos sobreviventes.
Familiares de desaparecidos podem procurar o Grupamento Fluvial, na avenida Arthur Bernardes, nº1000, em Belém, onde são atendidos por equipe multidisciplinar que fornece informações, serviços essenciais, assistência pisco-social ou qualquer outra necessidade urgente. Um número A também número da Defesa Civil para informações: (91) 98899-6323.
Protestos por melhorias no transporte
Os moradores da Ilha do Marajó sobram mais fiscalização segurança nas embarcações existentes para travessia entre Marajó e Belém. Nos últimos dias, cerca de 500 moradores bloquearam o principal porto de Salvaterra, no Marajó.
Após o naufrágio, o governo anunciou novas embarcações para a travessia a partir desta terça-feira (13). O g1 pediu detalhes sobre o funcionamento ao governo e aguarda retorno.
A lancha carregada de passageiros, incluindo crianças e idosos, naufragou na manhã de quinta-feira (8) em frente à Ilha de Cotijuba em Belém. A embarcação saiu de Cachoeira do Arari, no arquipélago de Marajó, com destino à Belém .
Segundo a Segup, familiares de desaparecidos podem procurar o Grupamento Fluvial, na avenida Arthur Bernardes, nº1000, em Belém, onde são atendidos por equipe multidisciplinar que fornece informações, serviços essenciais, assistência psico-social ou qualquer outra necessidade urgente.
Segundo a secretaria, os corpos que não forem procurados por familiares permanecem no Centro de Polícia Científica, até que sejam identificados. Um número da Defesa Civil do Estado foi divulgado para fornecimento de informações: (91) 98899-6323.
A lancha não possuía autorização para transporte intermunicipal de passageiros e saiu de um porto clandestino, segundo a Agência de Regulação e Controle dos Serviços Públicos do Estado do Estado do Pará (Arcon-Pa), que já tinha notificado a empresa três vezes, sendo a última, em agosto.
(Fonte:G1)