Correio de Carajás

Com livro inédito, Airton Souza vence prêmio nacional de literatura juvenil

Entre 96 livros inscritos e 10 finalistas, Airton foi o grande vencedor/ Fotos: Divulgação
Por: Milla Andrade
✏️ Atualizado em 02/10/2025 10h20

Na terça-feira, dia 30 de setembro, o escritor e professor marabaense Airton Souza somou mais um título à sua trajetória literária. Ele venceu a primeira edição do Prêmio José Nicolau Gregorin Filho, promovido pela União Brasileira de Escritores (UBE), em São Paulo.

A premiação, voltada a obras inéditas na categoria juvenil, reuniu 96 livros inscritos. Dez chegaram à final e, entre eles, o livro inédito: ‘Os cheiros dos bárbaros nunca serão iguais aos das auroras’, de Airton, foi o grande vencedor. A premiação garantiu um troféu simbólico e a publicação do livro, que será realizada em 2026.

Ao CORREIO, o escritor falou sobre a obra, explicando que a narrativa reinventa a lenda popular do “velho do saco”. “O diferencial dessa história é que a narrativa é realizada pelo saco, personagem central da trama”, disse o escritor em entrevista ao CORREIO.

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A cerimônia de premiação aconteceu na terça-feira, 30, em São Paulo

Segundo Airton, o resultado foi uma surpresa. “Vim acompanhar a cerimônia da premiação e fui pego de surpresa, vencendo o prêmio em primeiro lugar”, explica.

O escritor, que já coleciona títulos e publicações, vê o reconhecimento como uma conquista coletiva. “Foi uma grande felicidade. Significa muito, não só para mim, mas para o trabalho coletivo que estamos realizando na região”, destaca.

Em sua fala, Airton também ressalta o desenvolvimento literário do sudeste do Pará, algo que, para ele, vai além do processo de escrita, abrangendo os leitores e o poder da literatura da região.

O marabaense revelou ainda que, em seu discurso de agradecimento, lembrou da própria trajetória e do impacto positivo da escola pública em sua formação. “Falei da importância de acreditar no livro, de acreditar na leitura, e que isso pode nos salvar das violências que acontecem no mundo como um todo e também na nossa região. O livro foi uma espécie de salvamento pra mim”, afirma.

Com mais um prêmio, o escritor reforça sua presença no cenário nacional da literatura, levando o nome de Marabá para todo o país e, mais que isso, levantando a bandeira de que a educação é a base para o enfrentamento de desafios.

 

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