Correio de Carajás

Com emergência lotada, pacientes aguardam atendimento nos corredores do HMM

Situação foi flagrada na manhã desta terça-feira, 27, e enviada para o Correio de Carajás

O Correio recebeu vídeos e fotos das dependências internas do HMM lotado de pacientes aguardando por atendimento.

Bem conhecidos por quem precisa utilizar do serviço de saúde no município, o Hospital Municipal de Marabá – e o Hospital Materno Infantil – sempre estão nos holofotes das reclamações, seja pela falta de médicos, pela demora excessiva no atendimento, pela falta de respeito de alguns profissionais ou pela superlotação.

Na manhã desta terça-feira, 27, o Correio de Carajás recebeu vídeos e fotos das dependências internas da casa de saúde que estava lotada de pacientes aguardando por atendimento.

Segundo informações dos denunciantes, no Pronto-Socorro só se vê médicos-estagiários. “Os médicos ficam conversando entre si e o povo esperando atendimento. Tá feio aqui. Tem gente com tuberculose junto com outros pacientes”, disse uma das pessoas.

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O HMM recebe pessoas de várias cidades vizinhas, se tornando a maior emergência pública do sudeste do Pará. Mas infelizmente, o descaso do Poder Público é infinitamente maior do que a demanda de pacientes.

Vale ressaltar que na última segunda-feira, 27, grávidas e acompanhantes denunciaram a precariedade no atendimento do HMI e o assunto repercutiu nas redes sociais.

Olívio Lobo comentou na publicação que na noite de ontem (segunda-feira, 26), seu filho sofreu um acidente e foi preciso levá-lo ao HMM. A mãe descreveu o local como um inferno. “Um descaso absurdo com a população, um amontoado de gente precisando de ajuda. Falta absolutamente tudo, inclusive interesse por parte do Poder Público em dar um local digno e respeitado para que os pacientes possam ser tratados com o mínimo de dignidade”.

Outra leitora, Talyce Feitosa, questionou como não fazem ultrassom em um hospital para gestantes. “Semana passada, uma amiga gestante chegou com sangramento e recomendaram apenas repouso e mandaram fazer ultrassom em outro lugar. Detalhe: ela não tinha dinheiro”, escreveu, ressaltando que a amiga acabou tendo um aborto porque o sangramento que poderia ter sido contido, se verificado pelo ultrassom, só foi feito depois da perda do bebê.

Trabalhando com acompanhamento gestacional, a doula Shirly Saraiva questionou o protocolo de internação de apenas 40 semanas. “E se o bebê resolver nascer antes de 40 semanas, que muitas vezes acontece. O que vão fazer? Mandar pra casa? Ter um parto desassistido? Ou até mesmo perder seu bebê?”.

Logo depois, Jaqueline Gomes comentou que no HMI faz sim ultrassom. Contudo somente quando brigam. “Não sei qual problema nessa seleção ou má vontade de atender. Porque aparelho lá tem sim”, disse.

 

 

Risco de contaminação

Além do desgaste físico, os pacientes ficam tumultuados próximos uns dos outros ou acomodados nos corredores à mercê de uma série de doenças contagiosas. Além claro, das patologias que enfrentam.

Até quando a população vai sofrer com o descaso do Poder Público?

(Da Redação)