Durante a sessão virtual da Câmara Municipal de Marabá nesta terça-feira, 5 de maio, o vereador Ilker Moraes pediu que o prefeito Tião Miranda decrete, o mais rápido possível, Calamidade Pública em Marabá em função do avanço do coronavírus e da necessidade de resolver problemas crônicos relacionados à doença de forma mais célere.
Ilker, que faz oposição ao governo de Tião Miranda, agradeceu as manifestações de apoio, carinho e solidariedade que recebeu depois que divulgou, na segunda-feira, 4 de maio, que testou positivo para a covid-19. “Estou com alguns sintomas leves e ressalto a importância do distanciamento social para que o sistema de saúde não entre em colapso”, destacou.
Ele reconhece que o índice de isolamento social está muito baixo em Marabá, ficando na casa dos 40%. “O governo municipal precisa fazer rodízio de segmentos do comércio, para que todos faturem um pouco. Vejo que o apoio financeiro do governo federal, com auxílio emergencial, está dando problemas, causando aglomerações que não deveríamos ter”, alertou.
Leia mais:Ele lembra e lamenta que o município de Marabá ainda não disponha de testes rápidos para covid-19 na rede pública nem na privada. “Todas as previsões que recebi são de que só chegam semana que vem. A Prefeitura de Marabá está muito lenta em adquirir insumos por causa da burocracia e terá de decretar calamidade pública logo. Precisamos testar a população o mais rápido possível, porque estamos atrasados pelo menos uns dez dias”.
Para ele, o governo municipal precisa elaborar um mapa da localização dos infectados, como tem feito Parauapebas, por exemplo, para demonstrar transparência à comunidade. “Como fazer isolamento social? A Prefeitura precisa adequar escolas para receber pessoas de grupos de risco, isolando com eficiência, porque em muitas casas pequenas, onde moram sete pessoas, por exemplo, não há como fazer isso”.
O vereador Gilson Dias disse que concorda que o prefeito Tião Miranda tem de decretar estado de calamidade para adquirir os produtos necessários para combater a doença. “Temos de pensar na vida e depois na economia”.
O vereador Miguel Gomes Filho, o Miguelito, achou interessante a discussão, mas pediu para ouvir a assessoria jurídica da Casa sobre as implicações da decretação da calamidade pública.
O procurador Ronaldo Giusti lembrou que o Estado de Calamidade, quando decretado pelo prefeito, carece ainda de homologação do governo do Estado para que tenha validade. (Da Redação)