Correio de Carajás

Com coronavírus, demanda por táxi e mototáxi despenca em Parauapebas

O isolamento social que parte da população de Parauapebas enfrenta está fazendo com que a demanda por viagens de táxi e mototáxi tenha caído de 70% a 80%. Para garantir a segurança dos passageiros, os motoristas seguem as normas indicadas pelos órgãos de saúde, usando máscaras e álcool em gel. 

O taxista Samuel Moreira conta que viu o número de corridas cair gradativamente desde que casos da Covid-19 foram notificados no município, o que representaria 70% a menos no faturamento mensal da família.

Moreira também percebeu uma mudança no perfil dos passageiros. “A maior parte das corridas que a gente faz agora são no período noturno e pela manhã, levando os passageiros para o hospital”, diz.

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Ele também afirma que a maior parte das corridas, antigamente, era para idas ou vindas de festas ou para a estação ferroviária, rodoviária e aeroporto de Carajás, o que não ocorre mais. O motorista cita como exemplo que se antes fazia uma média de 15 corridas diárias, apenas para clientes que vão a supermercados, hoje contabiliza cinco.  

Já para o mototaxista que gosta de ser identificado pelo apelido de Índio, o prejuízo foi maior, chegando a 80%. “Não tem nem como dizer que a gente faz uma diária boa, tem dia que não chega a fazer nem o da gasolina, não tem muita gente na rua”, lamenta. Enquanto está trabalhando, Índio está sempre de máscara e com frasco de álcool em gel para uso dele e do passageiro antes da corrida. “Sempre higienizo o capacete, mas o próprio passageiro é o primeiro a estar preocupado e pedir para a gente o álcool”, diz.

Ele destaca, ainda, que pessoas sem máscaras que solicitam corridas não são aceitas. “Para a gente trabalhar com mais segurança e não correr risco de se contaminar”. (Theíza Cristhine)