Correio de Carajás

Com atuação instável, Seleção empata com o Equador

Sem Neymar, equipe chegou a abrir o placar com Éder Militão, porém, Mena garantiu empate em 1 a 1 no Estádio Olímpico de Goiânia

Tite mudou a equipe por completo/ Foto: Conmebol

Seleção Brasileira chegou a ter um início promissor, mas deixou uma impressão amarga no seu último jogo no Grupo B da Copa América.

Após dominar as ações da etapa inicial e sair na frente com Éder Militão, a equipe canarinha, sem Neymar e repleta de mudanças, cedeu o empate em 1 a 1 ao Equador, que marcou com Mena, em duelo neste domingo, 27, no Estádio Olímpico de Goiânia.

A equipe de Tite, que já estava classificada, volta a campo na sexta-feira, 2, no Nilton Santos. O adversário será conhecido nesta segunda-feira, 28.

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Jogo

Com dez mudanças em relação à partida anterior (incluindo o fato de Neymar estar no banco de reservas), a Seleção Brasileira chegou a passar por alguns apuros no início de partida. O Equador aproveitou cochilos canarinhos e tentou investida com Palacios que passou rente à trave. Em seguida, Enner Valencia aproveitou um cochilo e, do meio de campo, encheu o pé. Alisson, adiantado, correu para a meta, mas a bola passou por cima do travessão.

Aos poucos, a Seleção foi impondo seu ritmo e acuou seu adversário com boa troca de passes e em avanços de Emerson e Renan Lodi. Com bom domínio das ações, Lucas Paquetá desceu pelo meio e, após ajeitar, desferiu chute venenoso. A bola quicou e explodiu no peito de Galíndez.

Em seguida, Paquetá alçou Gabigol. O atacante se desvencilhou do adversário e viu sua conclusão abafada pelo goleiro. Em investida iniciada por Renan Lodi, Gabigol esticou e Lucas Paquetá soltou o pé, só que a bola passou rente à trave.

O domínio brasileiro ficou refletido no placar aos 36 minutos. Everton cobrou falta para a área e Éder Militão, entre os zagueiros, deu cabeçada certeira para o fundo da rede. Foi o primeiro gol do defensor com a camisa canarinha. Ao fim do primeiro tempo, os equatorianos recorreram a lançamentos para reagirem, mas o grande perigo veio quando Estupiñán se chocou com Marquinhos e Renan Lodi.

O Equador voltou do intervalo mais impetuoso e apostando em jogadas de bola aérea. O Brasil, por sua vez, logo sentiu uma baixa dolorosa: com dores lombares em virtude do choque no primeiro tempo, Lodi saiu de campo e Tite optou por Danilo para o seu lugar. Ángelo Preciado assustou em finalização. Já Ayrton Preciado abriu jogada para Enner Valencia, que concluiu pelo lado de fora da rede.

A pressão equatoriana logo surtiu efeito. Em rebote de escanteio, Palacios alçou e um desvio de cabeça de Enner Valencia desmontou a zaga brasileira. Mena passou como quis pela direita e finalizou no fundo da rede de Alisson. Ayrton Preciado chegou a tentar investida, mas Militão travou.

Ao Tite promover novas mudanças, a Seleção Brasileira chegou a ensaiar a uma reação. Lucas Paquetá aproveitou brecha na esquerda e cruzou para Vinicius Júnior. O atacante se esticou, mas não conseguiu concluir com a precisão desejada. Casemiro e Everton tentaram arrancadas, mas a equipe não se encontrava em campo.

O Equador continuava a controlar as ações e voltou a trazer calafrios à defesa brasileira. De longe, Estupiñan cobrou falta diretamente para o gol e obrigou Alisson a se esticar para defender. Em seguida, o camisa 7 arriscou finalização, mas não teve sucesso.

Na reta final, a equipe de Tite se lançou de vez à frente apostando nas jogadas de Everton Ribeiro. Contudo, faltava eficiência aos brasileiros nas investidas. Na melhor oportunidade, Marquinhos chegou a subir para tentar cruzamentos, mas não alcançou. Ficam as lições de um jogo que começou promissor para a Seleção, mas deixou dúvidas. (Terra/ Lance)