Nos últimos meses, pode-se até falar nos últimos dois anos, o Brasil tem vivido um cenário de insegurança econômica, e isso reflete diretamente na mesa da população brasileira.
O desemprego, a redução da renda e a alta nos preços dos alimentos são fatores cruciais que colocam o brasileiro em um momento de instabilidade, prejudicando itens básicos da alimentação.
Um dos grandes questionamentos é em relação ao alto valor das proteínas, como ovos, carnes, leite e derivados.
Leia mais:O Correio de Carajás conversou com a nutricionista Laisla Bonfati, que explicou alguns pontos sobre a alimentação do brasileiro nessa atual conjuntura. “O agronegócio vende para quem paga mais. Com o dólar em alta, é preferível exportar, porque se ficar por aqui o produto fica mais barato. Só fica aqui o que eles não conseguem vender lá fora. O agronegócio exporta. A agricultura familiar é responsável por 70% dos alimentos consumidos pelos brasileiros. Quando você me pede dicas para não deixar de comer bem, fica difícil com o quilo da cenoura passando dos R$ 10”, lamenta a profissional, que já atua há mais de 7 anos no mercado.
Laisla explica que existe uma certa insegurança alimentar e que é possível fazer substituições como forma de amenizar os valores exorbitantes de alguns alimentos. “As proteínas de origem animal podem ser substituídas por feijão, grão de bico, lentilha, ervilha e soja, por exemplo. Se está faltando carne, vamos tentar caprichar nessas outras quantidades”.
Outra importante dica é escolher alimentos da estação, que são produzidos e comercializados em abundância. A profissional ressalta que nessa ocasião são utilizados menos agrotóxicos e o sabor da fruta fica mais acentuado no auge da produção. “Comprar em feiras ou de pequenos produtores sai menos caro, e ainda há uma maior variedade”, afirma.
Confira as dicas:
– Dar preferência para frutas, verduras e legumes da época;
– Armazenar os alimentos de forma correta para evitar desperdício;
– Comprar de produtores da região;
– Fazer pesquisa de preços;
– Optar por fazer compras em supermercados atacadistas.
ATENÇÃO
A prescrição dietética é prática privativa do nutricionista, graduado e com registro ativo no Conselho de Classe, conforme diz a Lei Federal nº 8234/91. (Ana Mangas)