A atriz Claudia Raia foi uma das entrevistadas na série documental ‘Pacto Brutal: O Assassinato de Daniella Perez’, com estreia marcada para esta quinta (21). A artista revelou como teria pressentido a morte de Daniela, além de ter visto algo suspeito durante o contato com Guilherme de Pádua.
Claudia é uma das artistas que dão depoimento na série. A produção conta a história do assassinato da então atriz e bailarina sob a perspectiva dos familiares, amigos e membros do judiciário.
ALGO ESTRANHO COM GUILHERME DE PÁDUA
Em um dos depoimentos, Claudia citou a noite da morte de Daniela, que tinha 22 anos na época. Na ocasião, quando levou 18 punhaladas em um matagal no Rio de Janeiro, ela deveria estar no ensaio de uma peça. Claudia também estava no elenco e não deixou o sumiço passar despercebido.
“Para um bailarino faltar a um ensaio, ele está morto. Tanto que todo mundo falava: ‘cadê ela?’. Se ela não chegou, alguma coisa aconteceu”, teria dito na época.
Ex-namorada de Raul Gazolla, então marido de Daniella, Claudia recebeu ligação do ator ainda naquela madrugada, com pedido de apoio e ficou sabendo do crime.
Horas depois de chegar à delegacia para prestar condolências a Raul, Claudia teve o primeiro contato com Guilherme de Pádua. Os dois se abraçaram e logo ela notou algo suspeito.
“Ele ficou ali um tempo, chorando, dizendo: ‘meu Deus, que loucura isso’. Parecia bastante emocionado, muito indignado com tudo. ‘Como fizeram isso com essa garota, essa menina é um anjo’. Me abraçou também, nem me conhecia”, explicou Claudia no documentário.
Em meio a esse momento, no entanto, ela teria reparado em algo estranho no rapaz. “E eu não sei por que olhei para o braço do Guilherme. Tinha, na parte do antebraço, um arranhão de unha de mulher. Me chamou a atenção aquilo. Guardei para mim. Era recente. Estava meio em carne viva, meio sangradinho”, detalhou.
MORTE DE DANIELLA PEREZ
Daniella Perez morreu com 18 perfurações no corpo em 1992, logo após deixar as gravações da novela ‘De Corpo e Alma’, da Rede Globo. Guilherme de Pádua, que fazia par romântico com ela nas telas, foi acusado como autor do crime pouco depois.
Em depoimento na época, ele alegou que a motivação para o crime foi “acreditar que seu papel estava sendo reduzido, enquanto ela ganhava destaque”.
Cinco anos depois, em 1997, ele foi condenado, mas recebeu direito a liberdade condicional em 1999. Fora da carreira artística, abandonada por ele após o assassinato, ele hoje vive como pastor de uma igreja evangélica em Belo Horizonte.
(Fonte: Diário do Nordeste)