Correio de Carajás

Civil tenta elucidar homicídio de ex-presidiário

O Departamento de Homicídios da Polícia Civil em Marabá tem em mãos várias informações que podem ajudar a solucionar o assassinato do ex-presidiário Matheus Silva Araújo, de 22 anos, morto a tiros no final da tarde da última segunda-feira (26), em plena luz do dia no estacionamento localizado entre próximo da loja Havan e do supermercado Mix Mateus, na Cidade Nova.

Além do que a polícia já tem, outras informações devem chegar às mãos do delegado Ivan Pinto da Silva, para que ele descubra quem foi o autor do nono homicídio ocorrido no mês de novembro em Marabá.

Entre as informações que estão nas mãos do Departamento de Homicídios está o fato de que a vítima foi atingida com oito tiros bem próximos, além de que o pistoleiro começou a atirar na vítima com os veículos ainda em movimento: o carro do atirador e a moto da vítima.

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Para o delegado Ivan, essas informações revelam que o criminoso é um atirador experiente, frio e treinado, até porque o assassinato ocorreu em horário de pico e em local bastante movimentado, onde estão instalados o maior supermercado da cidade e a loja da Havan. Fosse um amador poderia ter atingido alguma testemunha.

Ainda de acordo com o delegado Ivan Pinto da Silva, o veículo utilizado pelo pistoleiro e seu comparsa era um Gol de cor branca, mas a placa não foi memorizada por nenhuma testemunha.

Também chamou a atenção da Polícia Civil as informações obtidas no telefone celular de Matheus, a vítima, que já havia sido preso em 2015 por tráfico de drogas. Segundo o delegado, a vítima integrava um estranho grupo de WhatsApp em que as pessoas se comunicavam informando a localização de Blitz de trânsito e também de viaturas policiais.

O delegado fez questão de destacar que as mensagens trocadas no grupo não detalham nenhuma atividade criminosa, mas mostram que Matheus evitava passar por Blitz, o que é comum entre pessoas que têm problemas na Carteira de Habilitação e nos documentos do veículo.

Além das informações que já tem em mãos, o delegado deve ter acesso a qualquer momento a imagens gravadas pelas câmeras de segurança na Havan, que podem ter registrado em bom ângulo o momento da execução. Além disso, ele ficou de tomar ainda ontem (28) ou hoje (29) os primeiros depoimentos de pessoas ligadas à vítima.

Esses dois elementos (filmagem e depoimentos) podem ser as peças que ainda faltam para montar esse quebra-cabeças e descobrir quem foi o autor do homicídio e também qual a motivação para o crime, que foi cometido à luz do dia e na presença de dezenas de testemunhas. (Chagas Filho)

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No local do crime foram encontradas cápsulas de pistola calibre ponto40 e também 380, mas só o Instituto de Criminalística deve confirmar oficialmente qual foi o calibre da arma utilizada pelo matador.