Um grupo de pesquisadores da Universidade de Alberta, no Canadá, divulgou na última segunda-feira (28) a descoberta de dois minerais nunca vistos antes na natureza ao analisar fragmentos de um meteorito que caiu na Somália, no Leste da África. Um terceiro também pode ter sido identificado, porém segue em análise.
Como os cientistas utilizaram uma amostra de 70 gramas do meteorito, é possível que outros componentes desconhecidos estejam presentes na rocha espacial, a nono maior já encontrado no planeta. O corpo celeste foi desenterrado em uma região pouco habitada do país.
O meteorito tem cerca de 2 metros de largura e começou a ser estudado em 2020, mas há gerações já era tema de canções e poemas de pastores da região de Hiiraan, onde é chamado de “anoitecer”. Os moradores também afiam as facas na superfície do mineral.
Leia mais:Segundo o comunicado da universidade, os minerais foram chamados “elaliita” e “elkinstantonita” , em homenagem ao nome do meteoro chamado El Ali, e à pesquisadora Lindy Elkins-Tanton, principal investigadora da missão Psyche, da Nasa.
Chris Herd, professor do departamento de ciências da terra e atmosféricas da universidade afirmou em um comunicado que minerais semelhantes já foram sintetizados em laboratórios na década de 1980, mas nunca haviam sido encontrados na natureza.
“Sempre que você encontra um novo mineral, isso significa que as condições geológicas reais, a química da rocha, era diferente do que foi encontrado até então”, ressalta Herd.
Ele ainda falou sobre a emoção de participar de uma descoberta tão relevante. “Nunca pensei que estaria envolvido na descrição de novos minerais apenas pelo fato de trabalhar em um meteorito”.
Os pesquisadores gostariam de ter fragmentos maiores da rocha para análise, mas segundo informações o meteorito foi levado para a China, supostamente para ser preparado para um futuro leilão.
(Fonte: NDMAIS)